terça-feira, 20 de novembro de 2012

LISTA DE MATERIAIS OBRIGATÓRIOS
1. Canudos (50); 2. Palitos (coloridos ou normais 120) 40 = vermelhos; 40= amarelos; e 40= azuis; 3. Tampas pets; 4. Lacre de latinhas; 5. Pedrinhas. 6. QVL= quadro valor de lugar. 7. Tangram; 8. Barrinhas de cuisenaire; 9. Blocos lógicos; 10. Livros de literatura; 11. Revistas; 12. Gibis; 13. Jornais. Sugestões: 1. Jogos; 2. Brinquedos; 3. Peças diversas; 4. Detoches; 5. Fantoches entre outros. Objetivo: Facilitar a dinâmica nas aulas, possibilitando a eficácia e a interação do ensino- aprendizagem. É um instrumento (recurso, ferramenta) pedagógico significativo para a prática docente. Conteúdo: 1. Matemática: 2. Língua portuguesa: 1.1 Contagem; 2.1 literaturas: produção de texto entre outros; 1.2 operações; 2.2 jogos e brincadeiras. 1.3 problemas entre outros Metodologia de uso: Apresentar a caixa de forma lúdica e estimuladora, despertando a atenção e a curiosidade das crianças. Facilitando interação e a paixão pelo ensino aprendizagem. SOUSA, Raimundo N. NOVEMBRO/2012 (raynery.sousa@gmail.com).

El Principito-En El Planeta Del Tiempo 3/4

El Principito-En El Planeta Del Tiempo 2/4

LITERATURA - O PRINCIPEZINHO(O PEQUENO PRÍNCIPE)...ÚNICO!! (lista de reprodução)

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Altamiro Borges: A vida e a obra de Antônio Gramsci

Altamiro Borges: A vida e a obra de Antônio Gramsci: Nas homenagens aos 120 anos de nascimento de Antônio Gramsci, reproduzo artigo de historiador Augusto Buonicore, publicado numa excelente ed...

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Ced 03 Ambiental: Coleta Seletiva do Lixo

Ced 03 Ambiental: Coleta Seletiva do Lixo:    Coleta Seletiva do Lixo   Coleta seletiva de lixo é um processo que consiste na separação e recolhimento dos resíduos descartados por e...

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Edmilson Rodrigues na TV | Programa de 11 de Outubro de 2012





Vou repensar uma filiação, a ganância desmedida do PT, o desmascarou ao assumir o poder com Celso Daniel. Só repensando que as liderança do PSOL em sua maioria vinheram do PT e foram omissos e o PSOL DF se acomodou diante dos desmandos do GDF DE GRILHEIROS. O PSOL se acovarda diante das lutas da periferia por cidadania, exemplo concreto são as manifestações ferrêneas da periferia de Ceilândia contra a construção do MEGA ALBERGUE 24 HORAS NA QNR com o propósito de limpar BRASÍLIA DOS ANÔNIMOS DE RUA E DE MISERÁVEIS ; Imposta por um governo de COOPTAÇÃO que compra cabos eleitorais com cargos comissionados. E Afinal de contas onde fica o PAPEL DE LUTA em defesa dos explorados periféricos que concedem PRIVILÉGIO à MÁFIA PARTIDÁRIA COMPORATIVISTA??????? AFINAL DE CONTAS O PSOL DF É COMPOSTO POR PTISTA E POR INTELECTUAIS ESPECULATIVOS, que só defendem seus próprios interesses de poder. PSOL EM PRIMEIRO LUGAR, PERIFERIA É MASSA DE MANOBRA E FÁCIL DE SER LUDIBRIADA. FELIZ QUEM VALORIZA AS LUTAS ESPONTÂNEAS DA PERIFERIA ALIENADA PELAS ESCOLAS, PELAS RELIGIÕES, PELOS PARTIDOS PILANTRÓPICOS, EXTERMINADOS PELA POLÍCIA DE FORMA COERSITIVA E MASSACRADA PELA SUPERESTRUTURA DE PODER ELITISTA.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

FOTOS e VÍDEOS: as invenções malucas envolvendo som e música do japonês Yuri Suzuki

FOTOS e VÍDEOS: as invenções malucas envolvendo som e música do japonês Yuri Suzuki

Parece inacreditável, mas é verdade: os animais robôs criados pela tecnologia. Há até um guepardo eletrônico que corre a 45 km por hora

Parece inacreditável, mas é verdade: os animais robôs criados pela tecnologia. Há até um guepardo eletrônico que corre a 45 km por hora

Parece inacreditável, mas é verdade: os animais robôs criados pela tecnologia. Há até um guepardo eletrônico que corre a 45 km por hora

Parece inacreditável, mas é verdade: os animais robôs criados pela tecnologia. Há até um guepardo eletrônico que corre a 45 km por hora

ANALFABETISMO: a situação é ruim, e tem tudo para piorar

ANALFABETISMO: a situação é ruim, e tem tudo para piorar

Lya Luft: Quando morre alguém que amamos

Lya Luft: Quando morre alguém que amamos

Roberto Pompeu de Toledo: Por motivo de seguranção

Roberto Pompeu de Toledo: Por motivo de seguranção

Roberto Pompeu de Toledo: A fábula do minuto e meio — o Mestre, o Discípulo e Belzebu

Roberto Pompeu de Toledo: A fábula do minuto e meio — o Mestre, o Discípulo e Belzebu

Reviravolta na questão energética: pesquisador mostra que é um mito o temor de que o petróleo vai acabar logo

Reviravolta na questão energética: pesquisador mostra que é um mito o temor de que o petróleo vai acabar logo

sábado, 29 de setembro de 2012

Moda Amarela

Reflexão Geral: Cotas Raciais – Argumentos Contra

Reflexão Geral: Cotas Raciais – Argumentos Contra: A questão das cotas “raciais” é polêmica e gera muitas discussões; obviamente que preconceito e racismo podem determinar o posicionament...

Reflexão Geral: Cotas Raciais - Argumentos a Favor

Reflexão Geral: Cotas Raciais - Argumentos a Favor: Já há no blog um post sobre cotas, no qual exponho alguns dos principais argumentos utilizados contra elas. Agora escrevo a segunda parte, ...

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Perdão de Deus: DESENVOLVIMENTO HUMANO: UM MISTÉRIO QUE VAI ALÉM D...

Perdão de Deus: DESENVOLVIMENTO HUMANO: UM MISTÉRIO QUE VAI ALÉM D...: Por todas essas razões, decidimo-nos pelo embasamento deste livro no Trabalho de Erik Erikson e pela integração do trabalho dele ao que apre...

sábado, 22 de setembro de 2012

Reflexão Geral: Cotas Raciais - Argumentos a Favor

Reflexão Geral: Cotas Raciais - Argumentos a Favor: Já há no blog um post sobre cotas, no qual exponho alguns dos principais argumentos utilizados contra elas. Agora escrevo a segunda parte, ...

Reflexão Geral: Cotas Raciais – Argumentos Contra

Reflexão Geral: Cotas Raciais – Argumentos Contra: A questão das cotas “raciais” é polêmica e gera muitas discussões; obviamente que preconceito e racismo podem determinar o posicionament...

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

domingo, 9 de setembro de 2012

Aprendendo e Inovando: Teóricos Jean Piaget, Vygotsky, Henri Wallon

Aprendendo e Inovando: Teóricos Jean Piaget, Vygotsky, Henri Wallon: Jean Piaget (1896 – 1980) A teoria de Piaget do desenvolvimento cognitivo é uma teoria de etapas, uma teoria que pressupõe que os seres ...

Celso Gomes: Um pequeno panorama biográfico de Henri Wallon

Celso Gomes: Um pequeno panorama biográfico de Henri Wallon: Estudando um pouco a teoria de Henri Wallon, achei interessante fazer um mapa mental de sua trajetória. Algo que pode ajudar a entender o se...

Psicomotricidade

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Blog do Fausto Brignol: LAÇOS FORA

Blog do Fausto Brignol: LAÇOS FORA:   “Laços fora, soldados! Camaradas! As côrtes de Lisboa, querem mesmo escravizar o Brasil! cumpre portanto declarar já a sua independ...

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Principales Teorías Educativas: Aporte Personal sobre las Teorías del Aprendizaje

Principales Teorías Educativas: Aporte Personal sobre las Teorías del Aprendizaje: TEORÍAS  DEL APRENDIZAJE Diversas teorías nos ayudan a comprender, predecir, y controlar el  comportamiento humano  y tratan de explic...

Dialogando com a Fonoaudiologia: Processo de Aprendizagem

Dialogando com a Fonoaudiologia: Processo de Aprendizagem: O processo de aprendizagem é abrangente e se dá de forma global. Ao mesmo tempo que, é individual, pessoal e contínuo. De acordo com Fernand...

Andressa Martins: A utilização do jogo na pré-escola

Andressa Martins: A utilização do jogo na pré-escola: A brincadeira faz parte da vida da criança, seja na escola ou fora dela. Esta atividade é tanto fonte de lazer como de conhecimento. Con...

Iba Mendes: A Teoria de L. S. Vygotsky

Iba Mendes: A Teoria de L. S. Vygotsky: "É possível identificarmos os três pilares da teoria “vygotskiana” no diagrama abaixo: Para Vygostky (Moreira, 1999), a internalização, is...

League of Legends - Season One CG Cinematic Trailer

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Psicomotricidade Educacional - Psicomotricidade Funcional e Relacional

Material de Estudo : Psicologia do Desenvolvimento

Material de Estudo : Psicologia do Desenvolvimento: ICPG   Instituto Catarinense de Pós-Graduação – www.icpg.com.br   1 A RELEVÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL Magrit Froehl...

Material de Estudo : Educação Psicomotora

Material de Estudo : Educação Psicomotora: CML EDUCACIONAL                          Curso de Pós-Graduação                              ...

sábado, 25 de agosto de 2012

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

terça-feira, 24 de julho de 2012

Racionais MC's - Mil Faces De Um Homem Leal (Carlos Marighella) O CLIPE ...



SÓ A REVOLUÇÃO É CAPAZ DE TRANSFORMAR ESSA COLÔNIA QUE SUSTENTA O ÓCIO DE UMA MINORIA CORRUPTA>>>>>>>>>>>

PSOL - Movimento Esquerda Socialista/DF: Campanha cidadã: financiamento de Marcelo Prefeito...

PSOL - Movimento Esquerda Socialista/DF: Campanha cidadã: financiamento de Marcelo Prefeito...: Campanha cidadã: financiamento de Marcelo Prefeito 50 PSOL Por Honório Oliveira A legislação eleitoral sempre seguiu uma orientação, a d...

O Programa do Jô que foi Proibido



SÓ UMA INTERROGAÇÃO SERÁ PORQUE A TELEFONIA VIVO FOI POUPADA PELA ANATEL E A CLARO SÓ PENALIZADA EM TRÊS ESTADOS???????? ALGUÉM LÚCIDO PODE ME ESCLARECER.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

segunda-feira, 25 de junho de 2012

A Fortaleza Dublado - Filme Completo

Fimes Completos Dublados====Heróis de Guerra.




Setembro de 1944. Segunda Guerra Mundial. O Alto Comando do Exercito Britânico planeja a ousada Operação Market Garden, uma tentativa desesperada de tentar terminar com o conflito antes do Natal. Nada menos q 35.000 tropas inglesas são transportadas para atrás das linhas inimigas alemãs , em plena Holanda ocupada , naquilo que seria a maior invasão aérea da história .Em meio a toda esta inacreditável logística de guerra , a pequena unidade ¨Matchbox¨ vive o seu próprio inferno . Sob fogo cerrado, sete soldados britânicos acabam se isolando do restante das tropas aliadas, e oficialmente são considerados ¨desaparecidos em ação¨.

Trabalho em equipe.wmv

CONVIVENCIA

A inspiração que move o lider!

300 Discurso Final (dublado)

Consegue Assistir até o final EU DUVIDO ( libertos da gaiola ).avi

AMPUTADOS SUPERANDO LIMITES

A Maior Flor do Mundo | José Saramago

Curso Educação Infantil - Literatura Infantil e Contação de Histórias - ...

sexta-feira, 22 de junho de 2012

sexta-feira, 1 de junho de 2012

O FILME: CONTADOR DE HISTÓRIAS



ORIENTADOR  DA DIREÇÃO CERTA,  ESTIMULADOR DAS MÚLTIPLAS-INTELIGÊNCIAS E MOTIVADOR DAS EMOCÕES ......

terça-feira, 15 de maio de 2012

EQUIPE EDUCAÇÃO BIMODAL

EQUIPE PROJETO INTEGRADOR: FERNANDA INGRID RAIMUNDO NERY A IMPORTÂNCIA DAS TICs NA EDUCAÇÃO Analisando a sociedade atual, podemos perceber que as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) trouxeram vários benefícios para os educandos e educadores. O uso das tecnologias, em geral, auxilia no processo de ensino e aprendizagem, tanto para professores, quanto para alunos. E, há um tempo, a sala de aula era vista como um lugar onde o professor era o único transmissor do saber. A educação começa a ter como perspectiva ser uma maneira de preparar a pessoa para um futuro profissional competitivo e que essa tenha condições de sentir que está apta a enfrentar os desafios que a vida apresentar a sua frente. A escola, por sua vez, passa a ter o desafio de formar pessoas conscientes, que tenham uma bagagem do que é ser um bom cidadão e profissional. Para finalizar, é importante dizer que as pessoas precisam perceber a necessidade de aliar a prática pedagógica com a tecnologia a fim de enriquecer as aulas e direcionar os alunos para as novas propostas de aprendizagem. Sem dúvida alguma é um grande desafio e os profissionais envolvidos na área precisam estar preparados para prover todo o suporte necessário aos envolvidos nessa modalidade. FONTE: http://seer.ufrgs.br/renote/article/view/13599. 11. de maio de 2012. ETIQUENET: COMPORTAMENTO ADEQUADO DE PROFESSORES E ESTUDANTES NO AVAs Os Dez Mandamentos da Ética na Internet, vale a pena refletir: Não use o computador para prejudicar as pessoas. Não interfira no trabalho de outras pessoas. Não altere arquivos alheios. Não use o computador para roubar. Não use o computador para obter falsos testemunhos. Não use nem copie softwares pelos quais você não pagou. Não use os recursos de computadores alheios sem pedir permissão. Não se aproprie de ideias que não são suas. Pense nas consequências sociais causadas pelo que você escreve. Use o computador de modo que demonstre consideração e respeito. FONTE: http://maonaterra.blogspot.com.br/2008/05/etiqueta-na-internet-etiquenet.htm. 11 de maio de 2012 A IMPORTÂNCIA DA MEDIAÇÃO DO PROFESSOR NOS AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM (AVAs) Mediação Pedagógica em Ambientes Virtuais de Aprendizagem, defendida na Universidade Estadual de Maringá, no ano de 2009. O advento da internet propiciou a ampliação da educação a distância (E a D) utilizando os ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs). Porém, apesar dos avanços conquistados pela E a D com a utilização dos AVAs, faz se necessário um avanço significativo nas práticas de mediação pedagógica do tutor para a efetivação dos processos de ensino e de aprendizagem nestes ambientes. O objetivo é investigar os processos de interação e mediação pedagógica no AVA com presença constante e efetiva do tutor. FONTE: http:// ssuu.com/menta/docs./disserta_suelen_completa_2009. 11de maio de 2012 APRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE TICs IMPLANTADOS PELO GOVERNO FEDERAL E GDF. Projeto Nacional de Informática na Educação PROINFO - O Proinfo é desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (SEED), por meio do Departamento de Infraestrutura Tecnológica (DITEC), em parceria com as Secretarias de Educação Estaduais e Municipais. E-PROINFO - e-Proinfo - é um ambiente virtual colaborativo de aprendizagem que permite a concepção, administração e desenvolvimento de diversos tipos de ações, como cursos a distância. O Ambiente Colaborativo de Aprendizagem (e-Proinfo) é um ambiente virtual colaborativo de aprendizagem que permite a concepção, administração e desenvolvimento de diversos tipos de ações, como cursos a distância complementam a cursos presenciais, projetos de pesquisa, projetos colaborativos à distância e ao processo ensino-aprendizagem. http://www.inclusaodigital.gov.br/links-outros-programas/proinfo-programa-nacional-de-informatica-na-educacao. 13 de maio de 2012. PROJETOS IMPLANTADOS DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL NO DF Trajetória do Uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no DF – Do Proninfe ao ProInfo Integrado TICs no Distrito Federal (DF), por meio do Programa Nacional de Tecnologia Educacional – ProInfo, do Ministério da Educação (MEC). Neste contexto, registramos as ações relativas ao uso das TIC na educação e apresentamos um panorama da caminhada e evolução destas no DF. Buscamos, assim, auxiliar na continuidade deste processo, melhor adequando essas tecnologias educacionais aos interesses e necessidades dos alunos e professores da rede pública de ensino, de acordo com o Currículo de Educação Básica das Escolas Públicas do Distrito Federal. http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000015047.pdf.13 de maio de 2012.

sábado, 12 de maio de 2012

APRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE TICs IMPLANTADOS PELO GOVERNO FEDERAL E GDF.

EQUIPE PROJETOR INTEGRADOR: FERNANDA INGRID RAIMUNDO NERY Disse Albert Einstein: " Não basta ensinar ao homem uma especialidade. Porque se tornará assim uma máquina utilizável, mas não uma personalidade. É necessário que adquira um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto. A não ser assim, ele se assemelhará, com seus conhecimentos profissionais, mais a um cão ensinado do que a uma criatura harmoniosamente desenvolvida. Deve aprender a compreender as motivações dos homens, suas quimeras e suas angústias para determinar com exatidão seu lugar exato em relação a seus próximos e à comunidade”. PROGRAMAS E PROJETOS DESENVOLVIDOS NAS ESCOLAS FNDE - Processo gerencial desenvolvido pela secretaria de educação, para alcançar uma situação desejada, de maneira efetiva, com a melhor concentração de esforços e recursos, Assegurar o alinhamento das políticas das secretarias de educação, de forma a garantir sustentabilidade na implementação das ações voltadas para o fortalecimento das escolas e a melhoria do desempenho do ensino público. Projeto Nacional de Informática na Educação PROINFO - O Proinfo é desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (SEED), por meio do Departamento de Infraestrutura Tecnológica (DITEC), em parceria com as Secretarias de Educação Estaduais e Municipais. E-PROINFO - e-Proinfo - é um ambiente virtual colaborativo de aprendizagem que permite a concepção, administração e desenvolvimento de diversos tipos de ações, como cursos a distância. O Ambiente Colaborativo de Aprendizagem (e-Proinfo) é um ambiente virtual colaborativo de aprendizagem que permite a concepção, administração e desenvolvimento de diversos tipos de ações, como cursos a distância complementam a cursos presenciais, projetos de pesquisa, projetos colaborativos e diversas outras formas de apoio a distância e ao processo ensino-aprendizagem. Em ação: Ministério da Educação – O PROINFO é desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (SEED), por meio do Departamento de Infraestrutura Tecnológica (DITEC), em parceria com as Secretarias de Educação Estaduais e Municipais. O programa funciona de forma descentralizada, sendo que em cada Unidade da Federação existe uma Coordenação Estadual do ProInfo, cuja atribuição principal é a de introduzir o uso das tecnologias de informação e comunicação nas escolas da rede pública, além de articular as atividades desenvolvidas sob sua jurisdição, em especial as ações dos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTEs) PROINFO Integrado O ProInfo Integrado é um programa de formação voltada para o uso didático-pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no cotidiano escolar, articulado à distribuição dos equipamentos tecnológicos nas escolas e à oferta de conteúdos e recursos multimídia e digitais oferecidos pelo Portal do Professor, pela TV Escola e DVD Escola, pelo Domínio Público e pelo Banco Internacional de Objetos Educacionais. Histórico O Participante permite que pessoas interessadas se inscrevam e participem dos cursos e diversas outras ações oferecidas por várias Entidades conveniadas. É através dele que os participantes têm acesso a conteúdos, informações e atividades organizadas por módulos e temas, além de poderem interagir com coordenadores, instrutores, orientadores, professores, monitores e com outros colegas participantes. No Ambiente Colaborativo do e-ProInfo há um conjunto de recursos disponíveis para apoio às atividades dos participantes, entre eles, Tira-dúvidas, Notícias, Avisos, Agenda, Diário e Biblioteca. Há ainda um conjunto de ferramentas disponíveis para apoio a interação entre os participantes, entre eles, e-mail, chat e fórum de discussões e banco de projetos; e outro conjunto de ferramentas para avaliação de desempenho, como questionários e estatísticas de atividades. Objetivos Pessoas credenciadas pelas Entidades conveniadas desenvolvam, ofereçam, administrem e ministrem cursos à distância e diversas outras ações de apoio à distância ao processo ensino-aprendizagem, configurando e utilizando todos os recursos e ferramentas disponíveis no ambiente. Cada Entidade pode estruturar diversos Cursos ou outras ações compostas por Módulos, e estes por Atividades. PROUCA - Com a edição do Decreto nº 7243, de 26 de julho de 2010, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva regulamentou o Programa Um Computador por Aluno (Prouca) e o Regime Especial de Aquisição de Computadores para Uso Educacional (Recompe). O Prouca é um programa pelo qual estados, municípios e o Distrito Federal podem adquirir computadores portáteis novos para uso das suas redes públicas de educação básica. A empresa habilitada para esta venda foi selecionada por meio de pregão eletrônico para registro de preços realizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Para incentivar a compra, o governo federal disponibiliza linha de crédito para financiamento por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O laptop possui configuração exclusiva e requisitos funcionais únicos, tela de cristal líquido de sete polegadas, bateria com autonomia mínima de três horas e peso de até 1,5 kg. É equipado para rede sem fio e conexão de Internet. As regras e diretrizes para que municípios, estados e Distrito Federal se habilitem ao Programa Um Computador por Aluno - Prouca nos exercícios de 2010 e 2011 constam da Resolução CD/FNDE nº 17, de 10/6/2010. Para adesão ao registro de preços acesse o Sistema de Gerenciamento de Adesão a Registro de Preços – SIGARP disponível nesta janela na aba “Adesão on-line” ou na página principal do site do FNDE. As tecnologias de informação e comunicação –TICs - As mudanças socioculturais e o acelerado desenvolvimento cibernético, robótico, tecnológico na nova sociedade pós-moderna virtual atual têm provocado modificações nas organizações, nos modos de pensamento, de aprendizagem e de relações. Como afirma Baranauskas (2007, p. 73): ‘O uso cada vez maior da internet e da tecnologia da comunicação mediada por computador tem mudado nossa maneira de nos relacionarmos uns com os outros e tem influenciado profundamente a maneira como interagimos, trabalhamos e aprendemos juntos’. As TICs têm provocado transformações profundas, nos modos de viver, pensar, agir, relacionar e conviver. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: KENSKI, V. M. (2010). Tecnologias e ensino presencial e a distância. 8. ed. Campinas, SP: Papirus. PROJETOS IMPLANTADOS DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL NO DF Trajetória do Uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no DF – Do Proninfe ao ProInfo Integrado Gilsa Gisele Melo de Santana[1] Kalina Lígia de Almeida Borba [ 2 ] RESUMO Este artigo trata do histórico das ações desenvolvidas para implantação e implementação do uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no Distrito Federal (DF), por meio do Programa Nacional de Tecnologia Educacional – ProInfo, do Ministério da Educação (MEC). Neste contexto, registramos as ações relativas ao uso das TIC na educação e apresentamos um panorama da caminhada e evolução destas no DF. Buscamos, assim, auxiliar na continuidade deste processo, melhor adequando essas tecnologias educacionais aos interesses e necessidades dos alunos e professores da rede pública de ensino, de acordo com o Currículo de Educação Básica das Escolas Públicas do Distrito Federal. PALAVRAS-CHAVE ProInfo. Rede Pública de Ensino. Capacitação. Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Introdução Este texto constitui-se de um panorama histórico das políticas e ações a respeito da implantação e implementação do uso das tecnologias no Distrito Federal. Inclui as ações desenvolvidas nas escolas que possuem laboratórios de informática, participantes do atual programa ProInfo Integrado ou escolas que, em consonância com as políticas e legislação públicas para informatização, receberam, por meio de doação ou de outros programas, ambientes informatizados de uso pedagógico como ferramenta de apoio ao desenvolvimento do Currículo da Educação Básica. Para compreender este quadro, realizamos um breve histórico do uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no DF, apresentando a estrutura de funcionamento dos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE), os princípios norteadores do trabalho e uma visão geral das capacitações realizadas. Breve histórico sobre o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação no Distrito Federal O Projeto de Informática na Educação da rede oficial de ensino do DF, um dos pioneiros no Brasil, teve início em 1983, em nove escolas de ensino fundamental e médio e, desde então, vem-se expandindo gradativamente. Em 1987, o Departamento de Pedagogia da Fundação Educacional do Distrito Federal (DPG/FEDF) instituiu uma equipe para coordenar e desenvolver atividades de informática na educação e, mediante convênio firmado entre o MEC, por meio do Programa Nacional de Informática na Educação – PRONINFE, e a Secretaria de Educação/Fundação Educacional do Distrito Federal (SEDF/FEDF), foi implantado o Centro de Informática na Educação, que passou, a partir de junho de 1990, a integrar o Centro de Recursos Tecnológicos (CRT) sob a denominação de Seção de Informática na Educação (SEIED). A equipe da SEIED, composta por profissionais de diferentes componentes curriculares, concentrou suas ações na sensibilização e capacitação de professores, além de realizar estudos de utilização de programas educativos para computadores. Essa postura guiava-se de acordo com PRONINFE, instituído pela Portaria Ministerial n. 549/89, de 13 de outubro de 1989, que objetivava desenvolver a informática educativa no Brasil, por meio de atividades e projetos articulados e convergentes, apoiados em fundamentação pedagógica, sólida e atualizada, de modo a assegurar a unidade política, técnica e científica imprescindível ao êxito dos esforços e investimentos envolvidos (HISTÓRIA, 2009). Como a principal referência do Programa era a formação de uma cultura de informática educativa voltada para a escola pública, seus pilares básicos eram fomentar a infraestrutura de suporte nas escolas e realizar a capacitação contínua e permanente de professores. Cabe destacar que os objetivos e metas do PRONINFE foram formulados em sintonia com a Política Nacional de Ciência e Tecnologia da época. Em 1994, a FEDF já dispunha de 16 escolas com ambientes informatizados, atendendo a uma clientela diversificada. Foram beneficiados alunos de sétima e oitava séries do ensino fundamental, crianças com necessidades educacionais especiais e menores em situação de risco. No ensino médio, a prioridade foi o atendimento aos alunos dos cursos profissionalizantes: técnico em eletrônica, contabilidade, administração e serviços bancários, incluindo-se os alunos do curso de magistério. Em 1996, com a implementação do ProInfo, instituído pelo MEC e desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (SEED), houve um grande impulso no uso da informática como ferramenta pedagógica em todo o país e o Distrito Federal acompanhou essa nova estruturação. Simultaneamente ao avanço de ambientes informatizados nas escolas, a rede pública de ensino do DF aderiu ao programa TV Escola, garantindo, assim, o acesso dos profissionais de educação e dos alunos a essa diretriz do MEC, dentro das orientações do Currículo de Educação Básica das Escolas Públicas do Distrito Federal. Naquele momento, a rede pública de ensino dispunha de 125 ambientes informatizados espalhados pelo Distrito Federal, tendo como suporte técnico e pedagógico quatro Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE) [3], coordenados pela Gerência de Multimídia (GMULT), antigo CRT e atual Gerência de Tecnologias Educacionais (GTEC), por meio do Núcleo de Informática na Educação (NIED), chamado hoje de Coordenação de Informática na Educação (CIED). Vale ressaltar que a GTEC [4] gerencia ações de implantação e/ou implementação de ambientes informatizados nas escolas públicas do Distrito Federal, adquiridos também por meio de Associações de Pais e Mestres (APM), de participação em concursos ou recebidos como doação de empresas públicas e/ou privadas ou Organizações Não- Governamentais (ONGs). Ao CIED, por sua vez, cabe coordenar, orientar e acompanhar as atividades desenvolvidas nos NTE e, também, auxiliar as escolas na elaboração de projetos pedagógicos para uso das TIC no tocante à definição dos objetivos, fundamentação teórica, metodologia, definição de metas e escolha dos equipamentos, assegurando-se, assim, um mínimo de condições técnicas e pedagógicas para implementação dos projetos. A Coordenação Estadual do ProInfo no DF é representada pela figura do Coordenador do CIED, profissional em processo de formação continuada, pois participa da maioria dos eventos locais e nacionais referentes à utilização das TIC no contexto educacional e, ainda, de cursos de formação nas áreas de tecnologias educacionais. Já os professores que ingressam nos NTE são capacitados pelos multiplicadores existentes e participam de eventos na área de informática educativa a fim de melhor desempenhar suas funções. Aos poucos, surgiram outros programas na área de Informática. Em 2004, iniciou-se o Programa de Informática na Educação Especial - PROINESP, do MEC, visando a oportunizar a inclusão digital e social das pessoas com necessidades educacionais especiais. Dando continuidade às ações para sanar as desigualdades e a exclusão digital, veio o Programa Nacional de Inclusão de Jovens - PROJOVEM, também do MEC. Em 2007, os avanços em torno da implementação de informática na educação deram um salto com o projeto Um Computador por Aluno - UCA. O DF faz parte como um dos colaboradores e incentivadores deste, processo e iniciou um projeto piloto no Centro de Ensino Fundamental 01 do Planalto. Ainda em 2007, O ProInfo, pelo Decreto n° 6.300, de 12 de dezembro de 2007, passou a ser denominado de Programa Nacional de Tecnologia Educacional – ProInfo, incorporando o uso de todas as mídias tecnológicas de informação e comunicação nas redes públicas de educação básica. Assim, não só a informática, mas todas as demais mídias tornaram-se integrantes do Programa, permitindo que o uso dos recursos ultrapassasse os limites dos laboratórios de informática e alcançassem toda a escola. Em 2008, contávamos com aproximadamente 250 ambientes informatizados nas instituições educacionais do DF, abrangendo a educação básica em todas as suas etapas e modalidades e tendo como suporte técnico e pedagógico os cinco [5] NTE coordenados pela GTEC. Atualmente, a rede pública de ensino conta com cerca de quatrocentos laboratórios de informática e o número de NTE está em fase de ampliação, como veremos adiante. Atual Estrutura de Funcionamento A implantação e implementação das tecnologias para o uso pedagógico nas escolas da rede pública é organizada de forma articulada na SEDF: • Subsecretarias: Subsecretaria de Gestão Pedagógica e Inclusão Educacional (SUBGPIE), Subsecretaria de Gestão dos Profissionais de Educação (SUGEPE), Subsecretaria de Desenvolvimento Educacional (SDE), Unidade de Administração Geral (UAG): Gerências da SUGPIE; EAPE - Escola de Aperfeiçoamento de Profissionais da Educação; GTEC – Gerência de Tecnologias Educacionais (antiga GMULT); CIED - Coordenação de Informática na Educação; NTE; Escolas. Neste contexto, é fundamental o apoio das subsecretarias e das diretorias regionais de ensino para o bom andamento das ações desenvolvidas na GTEC/CIED e nos NTE, no que tange aos recursos humanos e materiais necessários à estrutura desses setores, responsáveis pelo atendimento técnico e pedagógico das escolas. As Tecnologias da Informação e Comunicação e o Ensino de Qualidade no Distrito Federal Nos meios educacionais, já é consenso que todo esforço e investimento em TIC para fornecer os resultados almejados precisa estarem devidamente enquadrados em uma política educacional consistente. O Distrito Federal vem trabalhando nessa perspectiva desde a década de 80, mas é preciso avançar na concepção e na Imagem1 – organograma da SEDF. Disponível em http://www.se.df.gov.br/ proposição de estratégias para que as tecnologias sejam adequadamente utilizadas em sala de aula. O professor deve integrar as TIC à prática pedagógica numa abordagem construcionista. Isso implica que ele esteja preparado para dominar os recursos tecnológicos, conhecer os fundamentos educacionais subjacentes aos diferentes usos dessas tecnologias, reconhecer os fatores afetivos, sociais e cognitivos implícitos nos processos de aprendizagem e identificar o nível de desenvolvimento do aluno para interferir, apropriadamente, no processo de aprendizagem. A integração das atividades curriculares aos recursos tecnológicos possibilita um salto de qualidade no processo educativo. Para tanto, é preciso que o sistema público ofereça formação adequada aos professores a fim de que se sintam confortáveis para utilizar esses recursos. Isso significa conhecê-los, dominar os principais procedimentos técnicos de utilização, avaliá-los criticamente e criar novas possibilidades pedagógicas. Segundo Kenski (2006, p.78 ), “o processo de integração e domínio dos meios tecnológicos é gradual e se dá a longo prazo”. Daí a necessidade da apropriação desses meios pelo corpo docente e gestor da escola, assim eles serão capazes de articular o processo de desenvolvimento de competências e habilidades para o uso pedagógico das TIC. Importância do Uso das Tecnologias na Educação A LDB, Lei 9394/96, enfatiza a importância da articulação do currículo em torno de eixos orientadores da seleção de conteúdos significativos, que deverão proporcionar ao aluno condições de desenvolver competências e habilidades necessárias à plena formação. O educando deverá, então, ser capaz de utilizar os conhecimentos adquiridos, articulá-los e integrá-los para resolver eficazmente os problemas que surjam em diferentes situações ao longo da vida. As tecnologias são recursos pedagógicos que contribuem para o rompimento do modelo tradicional de ensino, pois pressupõe o professor assumir o papel de mediador. Precisamos ressaltar, entretanto, a importância do papel desempenhado por esse mediador no processo de ensino e aprendizagem e lembrar que não há como substituí-lo nessa função. Cabe a ele, nesse novo e estimulante papel, estabelecer, juntamente com os alunos, os procedimentos necessários ao aprendizado significativo. Diversas são as formas de utilização das TIC como ferramenta de apoio ao desenvolvimento do currículo. O professor pode dispor dos livros, jogos pedagógicos, TV, vídeo, DVD, rádio, computador, internet, videogame, entre outros, na elaboração de projetos que estimulem o processo autoral na construção do conhecimento. Princípios Norteadores Para garantir projetos de qualidade, as ações desenvolvidas com o uso das TIC devem assegurar a integração das mídias e ter uma base teórica sólida. Logo, faz-se necessário que o professor regente assuma a característica de aprendiz e embrenhe-se em estudo e pesquisa. Nessa formação continuada, torna-se imprescindível o apoio da direção da escola no sentido de prever esses momentos e de incentivar a participação dos docentes nos cursos oferecidos pela SEDF e MEC, promovidos e coordenados pelos NTE em parceria com a Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais de Educação (EAPE). Outras ações deverão também ser adotadas pela comunidade escolar, tais como: criar mecanismos de atendimento ao grupo discente na sua totalidade; promover a aprendizagem colaborativa por meio da utilização das tecnologias na escola e assegurar a utilização pedagógica dos recursos, aliando-os aos componentes curriculares. As TIC podem ser usadas na educação básica como um instrumento extremamente poderoso na assimilação de conceitos e no desenvolvimento das estruturas cognitivas necessárias às aprendizagens significativas e à construção das competências previstas no currículo. As tecnologias deverão desempenhar na escola o mesmo papel que têm na sociedade: o de mediadora das relações sociais. Será muito pobre um uso que se restrinja a repassar conteúdos e informações aos alunos. Se as tecnologias podem ser usadas para catalisar e auxiliar na transformação da escola, mesmo diante dos desafios que essa transformação nos apresenta, essa solução, em longo prazo, é mais promissora e mais inteligente do que usá-las para apenas modernizar o processo de ensino. Capacitações e Projetos Entre as principais atribuições e objetivos dos NTE para apoiar o uso das TIC na escola está à capacitação de professores. Cabe salientar que o processo de orientação aos professores da rede pública do DF para o uso das mídias foi iniciado antes mesmo da implantação dos NTE. Com o PROINFO/MEC, essa ação pôde ser mais bem estruturada e, graças às atribuições dos NTE, alcançou avanço significativo no processo de inclusão digital, que atinge toda a comunidade escolar. Aos gestores das escolas públicas do DF, os NTE oferecem cursos a fim de sensibilizá-los quanto ao uso das tecnologias na escola, numa perspectiva de educação que privilegie espaços para a construção do conhecimento. No âmbito das escolas, o público-alvo da capacitação foi, durante grande período, os coordenadores de laboratórios de informática, professores responsáveis pelos ambientes informatizados nas escolas e pela utilização da informática na educação. Os coordenadores de laboratórios de informática eram os agentes multiplicadores nas suas escolas de atuação. Acompanhados pelos NTE, ofereciam cursos ministrados nos laboratórios aos professores regentes dessas mesmas escolas e de outras da rede. Os cursos nas modalidades presenciais e a distância (ambientes de aprendizagem virtual, como: e-proinfo, lnternet e ambientes free e Yahoo grupos; MSN grupos) eram aprovados, acompanhados e certificados pela EAPE. Em 2007, entretanto, perdemos a figura do coordenador de laboratório, passando o NTE a ser o responsável pela capacitação de todos os professores da rede pública no tocante ao uso pedagógico das mídias. Em 2008, acompanhando o eixo de capacitação do ProInfo Integrado, foi realizado o Curso de Introdução à Educação Digital, capacitando cerca de setecentos professores para o uso do Linux Educacional. Em 2009, os NTE ofereceram, em ambiente virtual e-Proinfo/ MEC, o curso Ensinando e Aprendendo com as TIC, oferecendo quatrocentas vagas aproximadamente. Em termos de especialização, o NTE participou da oferta do Curso de Tecnologias na Educação, em parceria com o MEC e a Pontifícia Católica do Rio de Janeiro (PUC/Rio), capacitando uma turma de quarenta professores. Em 2009, o curso teve nova oferta para 220 professores. A SEDF participa ativamente das ações propostas pela SEED/MEC, a exemplo do projeto piloto do curso Aluno Integrado, cujo objetivo é oportunizar qualificação, no âmbito das TIC, a alunos e professores de escolas públicas. Panorama da Integração das Tecnologias com Outros Programas Professor Nota 10 Lançado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) e SEDF em 2000, visa ao aperfeiçoamento continuado de cinco mil professores da rede pública de ensino que tenham apenas formação em nível médio e atuem nas séries iniciais. Às 1920 horas indiretas foram trabalhadas com recursos de tecnologia multimídia, textos mediáticos impressos, vídeo e interação pela internet. Robótica Pedagógica O uso da robótica pedagógica no Laboratório de Informática Educativa é um momento que permite a simulação em mundos virtuais e reais proporcionando aos alunos e professores, mediante uso do computador, imitar a realidade e aprender num ambiente de manipulações de variáveis de espaço e tempo, permitindo a construção de conceitos científicos. Algumas escolas do Distrito Federal desenvolveram projetos de robótica com o objetivo de orientar pesquisas realizadas por alunos da rede pública de ensino do DF em assuntos concernentes ao uso, controle e montagem de protótipos de robótica, a exemplo do Centro Educacional 01 de Sobradinho, no Laboratório de Informática Educativa dessa escola. Semelhante ação foi desenvolvida com alunos do curso de Aluno Técnico no NTE Brasília. TV Escola: No Distrito Federal, a SEDF abraçou e desenvolveu este projeto na rede pública de ensino, por meio de uma coordenação central, hoje sob a responsabilidade da GTEC. Ligado no Futuro – Unidades Móveis de Informática Educativa: Projeto implementado em outubro de 2000 pela Gerência de Educação Profissional, atual DRS/EPT, pertencente à Secretaria de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal (SECT/DF), com o objetivo de oferecer qualificação profissional, na área de informática, aos alunos do ensino fundamental e alunos da educação de jovens e adultos das escolas de zona rural. Três ônibus equipados com doze computadores, duas impressoras, sistema de som, TV, vídeo, três motoristas, três professores (coordenadores das unidades móveis de informática) e profissionais para a realização de serviço de suporte técnico ministravam cursos de Introdução à Informática, quarenta horas, em três turnos. Até 2004, foram atendidos 9.543 alunos distribuídos pelo DF. Programa Convivência: Programa educativo, televisivo, realizado em 2004 pela antiga GMULT, atual GTEC, por meio do NTE, atual CTE (Canal E), em parceria com a Diretoria de Educação Média e Tecnológica (DEMTEC), atual Gerência de Ensino Médio (GEM). Apresentou experiências bem sucedidas nas escolas. Realização de Eventos Locais: Desde 1999, o CIED promoveu, por meio dos NTE, encontros entre os coordenadores de Laboratório de Informática Educativa. Anualmente, o evento Encontro Multimídia na Educação do DF é o espaço para a apresentação de projetos, pesquisas e experiências de diversas escolas, contribuindo para encontrar caminhos que possibilitem formar professores para utilizar os recursos das TIC numa abordagem reflexiva. Parcerias: O CIED/NTE vem realizando parcerias que são fundamentais para o desenvolvimento de vários projetos, a exemplo do Intel Educação para o Futuro, em parceria com a Intel Educação, na oferta de cursos de capacitação para o uso da informática na educação por professores da rede pública, e o projeto Parceiros na Aprendizagem, desenvolvido com a Microsoft Educação para capacitar professores e alunos da rede pública também para o uso da informática na educação. Considerações Finais Após o panorama das ações desenvolvidas em prol do uso das TIC na educação, desejamos registrar a conquista do Distrito Federal na ampliação do número de escolas com ambientes informatizados. Em 2009, a rede pública de ensino do DF contava com aproximadamente trezentos Laboratórios de Informática Educativa implantados nas instituições de ensino. Por meio da Portaria nº 218, de 18 de junho de 2009, a SEDF regulamentou as atividades dos NTE no âmbito da rede pública de ensino do Distrito Federal, definindo-os como estruturas descentralizadas de apoio permanente ao processo de introdução das TIC nas instituições educacionais da rede pública do DF. Essa ação possibilita o aumento do número de NTE, passando de cinco NTE para quatorze ao todo, sendo um NTE para cada Diretoria Regional de Ensino (DRE). Dessa forma, os NTE poderão melhorar o atendimento às escolas da rede pública. Nesse sentido, para garantir a utilização plena do potencial pedagógico das TIC, é necessário que todos os setores envolvidos (Governo Federal, secretarias estaduais e municipais de educação, NTE, gestores e professores) compreendam, de forma precisa, a responsabilidade que lhes cabe, as atribuições específicas de seus setores no que se refere ao uso pedagógico das mídias nas escolas. REFERÊNCIA: CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO DISTRITO FEDERAL – 2000. HISTÓRIA da Informática Educativa no Brasil. Disponível em: Acesso em: 04 dez. 2009. INTEGRAÇÃO DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação: Seed, 2005. .KENSKI, V. M. Tecnologias e Ensino Presencial e a Distância Coleção Prática Pedagógica. Campinas: Editora Papirus, 2006. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL (LEI 9.394/96). LEVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34,1999. LIMA, L de O. Piaget para principiantes. São Paulo: Summus, 1980. PAPERT, S. Logo computadores e educação. São Paulo: Brasiliense, 1985. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS - PCN - Ensino Médio, Vol. 2 – MEC PARENTE, A. O virtual e o hipertextual. Rio de janeiro: Editora Pazulin,1999. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL. Disponível em: http://www.se.df.gov.br Acesso em: 04 dez. 2009. Notas [1] Coordenadora Estadual do ProInfo no DF; Professora da SEDF; Especialista em Telemática na Educação (UFRPE); Graduada em Pedagogia (UnB). [2] Multiplicadora Educacional da Coordenação de Informática na Educação GTEC/SEDF; Especialista em Arte, Educação e Tecnologias Contemporâneas (UnB); Especialista em Tecnologias em Educação (PUC/Rio); Graduada em Letras (UnB) e Comunicação Social (UniCEUB). [3] Os quatro NTE localizados em Brasília, Samambaia, Sobradinho e Taguatinga atendem a todas as escolas da rede pública de ensino do DF que possuem ambientes informatizados, por área de abrangência a saber: NTE Brasília - escolas das DRE Plano Piloto/Cruzeiro, Guará e Núcleo Bandeirante; NTE Taguatinga - escolas das DRE Taguatinga, Brazlândia e Ceilândia; NTE Samambaia - escolas das DRE Samambaia, Recanto das Emas, Gama e Santa Maria; NTE Sobradinho - escolas das DRE Sobradinho, Planaltina, São Sebastião e Paranoá. [4] Gerência de Tecnologias Educacionais é composta de 05 Coordenações responsáveis pelo suporte ao uso de tecnologias na rede pública de ensino: CBL - Coordenação de Acervo Bibliográfico e Livro Didático, CIED - Coordenação de Informática na Educação, COP - Coordenação das Oficinas pedagógicas, Coordenação de Televisão Educativa (Canal E) e Videoteca Central da SEDF (responsável pela Coordenação Estadual do programa TV Escola). [5] Incluíram-se mais um NTE, NTE Planaltina, responsável pelo atendimento às escolas da Diretoria Regional de Ensino de Planaltina.

A IMPORTÂNCIA DA MEDIAÇÃO DO PROFESSOR NO AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM(AVAs)

MACHADO, Suelen Fernanda – SEED sumachado@seed.pr.gov.br TERUYA, Teresa Kazuko – UEM tkteruya@gmail.com Eixo Temático: Comunicação e Tecnologia Agência Financiadora: Não contou com financiamento Resumo O artigo apresenta resultados da pesquisa de campo realizada para a dissertação de mestrado intitulada: Mediação Pedagógica em Ambientes Virtuais de Aprendizagem, defendida na Universidade Estadual de Maringá, no ano de 2009. O advento da internet propiciou a ampliação da educação a distância (E a D) utilizando os ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs). Porém, apesar dos avanços conquistados pela E a D com a utilização dos AVAs, faz se necessário um avanço significativo nas práticas de mediação pedagógica do tutor para a efetivação dos processos de ensino e de aprendizagem nestes ambientes. O objetivo é investigar os processos de interação e mediação pedagógica no AVA com presença constante e efetiva do tutor. Diante dos altos índices de evasão dos cursos desenvolvidos nessa modalidade, por causa da ausência do tutor como mediador pedagógico, foi realizada uma investigação empírica com os alunos de um curso de formação de professores desenvolvido a distância no ambiente virtual Moodle. Utilizamos o conceito de mediação na perspectiva Vigotskyana, que discute, sobretudo, as relações entre o cognitivo e o social. Os estudos de Bakhtin (2004), Moraes (2003), Belloni (2003), Palloff e Pratt (2004), entre outros, também contribuíram para a elaboração de um quadro teórico para sustentar a análise das linguagens e da mediação do tutor, no espaço virtual. Os dados indicam que as ferramentas e recursos de interação e comunicação disponíveis no ambiente apenas viabilizam a ação de mediação. Essa ação necessita de estratégias e de metodologias que se estabelecem a partir das relações interpessoais e da interação mútua do grupo, mediada pelo tutor. Palavras-chave: Formação de professores. Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Educação a Distância. Introdução O aparato tecnológico e telemático dos últimos anos mobilizaram amplos setores de nossa sociedade, por consequência e de forma significativa, o campo educacional. De maneira geral, a tecnologia estabelece a base de nosso sistema social. Com recursos cada vez mais sofisticados, mexe com as estruturas culturais do mundo todo, intervindo também nas práticas de ensino e de aprendizagem. Nesse processo de avanço tecnológico, a EaD (Educação a Distância) tem conquistado, cada vez mais espaço no campo educacional. Utilizando maiores recursos tecnológicos e ferramentas cada vez mais interativas, essa modalidade alcança, por meio de seus cursos, os mais longínquos lugares do mundo, pregando a democratização e a ampliação do acesso ao ensino. Porém, a E a D ainda é concebida como assunto polêmico no campo educacional. Moraes (2003, p.111) declara que: Tratar da educação à distância é uma questão bastante complexa, pois se trata de analisar e avaliar a qualidade das relações sociais nos ambientes de aprendizagem mediados por alguma técnica. A E a D é complexa, visto que não demanda apenas mensurar a quantidade de alunos que atinge ou mesmo a quantidade de interação que se tem, mas implica em uma reflexão, se meus parâmetros pedagógicos, sobre suas intencionalidades, já que poderão servir tanto ao ajustamento quanto a emancipação social. Compreendemos que na E a D existe uma situação de distância, temporal ou espacial, entre aquele que ensina e o que aprende. Contudo, não é ponderado avaliar um curso de E a D pela distância espacial, nem mesmo pelas experiências temporais de interação. Com as novas tecnologias de informação e comunicação cabe uma reflexão sobre qual é a sensação de distância que o aprendiz sente no desenvolvimento de um curso nesta modalidade (TORI,2008). Essa sensação de distância na EaD ocorre, na maioria das vezes, por causa das velhas práticas pedagógicas que alguns cursos a distância ainda preconizam. Mesmo utilizando novíssimos artefatos tecnológicos de informação, comunicação e interação, ainda continuam disseminando um ensino a distância baseado na velha instrução tecnicista. Ao se utilizar AVAs em cursos na modalidade a distância, espera-se que a simples disponibilização de materiais didáticos, textos e mídias audiovisuais, garantam que todos os alunos, muitas vezes de forma solitária, se apropriem do conhecimento sem que haja, contudo, uma mediação pedagógica efetiva. Os momentos síncronos nesses cursos acontecem com menor frequência e as ferramentas de interação nem sempre alcançam seus objetivos. Dessa forma, precisamos compreender porque os momentos de mediação nos cursos a distância, frente aos grandes avanços tecnológicos, ainda não encontraram meios eficazes para propiciar uma interação efetiva. A investigação aqui relatada, não buscou mensurar, mas sim refletir sobre a importância da mediação pedagógica em cursos a distância no AVA, evidenciando a necessária presença do tutor nestes espaços. Sobre os Ambientes Virtuais de Aprendizagem Quando se fala em ambiente de aprendizagem, suprimindo aqui a palavra virtual, quase sempre imaginamos o espaço da sala de aula. Docentes e discentes, carteiras e lousas compõem o espaço físico onde, supostamente, deve acontecer o processo de ensino e de aprendizagem. Para Costa e Oliveira (2004, p. 118), ambientes de aprendizagem são “espaços das relações com os saberes ambientes que favorecem a construção do conhecimento”. Dessa forma, entendemos que um bom ambiente de aprendizagem compreende várias dimensões que vão desde a integração de diferentes materiais didáticos até a relação entre professores, alunos, metodologias e estratégias de ensino. Essas dimensões devem ter a finalidade única de desenvolver a construção do conhecimento no aluno. No ensino presencial, o aluno encontra-se inserido em sala de aula e em contato direto com os mais diversos recursos didáticos. Sejam materiais impressos ou tecnológicos, esses instrumentos possibilitam a melhoria do ensino desde que utilizados de maneira significativa pelo docente. Além disso, a interação face a face com colegas da turma e professores ocorre de maneira simultânea. Já na E a D, em que o ensino e a aprendizagem, em grande parte, ocorrem em AVAs, os recursos didáticos encontram-se dispostos em contextos diferentes, permeados pela dinâmica do virtual, caracterizados principalmente pela separação (espaço e tempo) entre aquele que ensina e aquele que aprende. Pereira, Schimitt e Dias (2007) observam que o termo AVA pode ganhar várias nomenclaturas. Seja na literatura nacional ou na internacional, encontramos diferentes termos para descrever essa nova modalidade de educação, entre as quais estão: aprendizagem baseada na Internet, educação ou aprendizagem online, ensino ou educação a distância via Internet, elearning, Web-based learning, online learning, Learning management Systems, Virtual, Learning Environments, e-learning. As autoras afirmam ainda que, apesar desses ambientes serem veiculadores de conteúdos e permitirem a interação entre os sujeitos, a aprendizagem depende da qualidade do envolvimento das pessoas inseridas em tais espaços. De acordo com as autoras os AVAs: consistem em mídias que utilizam o ciberespaço para veicular conteúdos e permitir interação entre os atores do processo educativo. Porém a qualidade do processo educativo depende do envolvimento do aprendiz, da proposta pedagógica, dos materiais veiculados, da estrutura e qualidade de professores, tutores, monitores e equipe técnica, assim como das ferramentas e recursos tecnológicos utilizados no ambiente. (PEREIRA; SCHIMITT; DIAS, 2007, p. 4. Grifo nosso). Concordamos com este conceito por entendermos que quando o sujeito está inserido em um AVA, o aprender, o ensinar, os diálogos e as interações ganham novo contexto. Mas, à medida que o instrumento ganha maior importância (tornando-se fim e não meio) e que somente a técnica passa a ser utilizada, a aprendizagem fica seriamente comprometida. Nesta perspectiva, a técnica e os recursos avançados de interação não substituirão a atuação das pessoas, habitantes destes espaços. Por isso, há necessidade de um aprimoramento nas estratégias e intervenções pedagógicas dos tutores nestes espaços. Mediação Pedagógica Para Kensky (2003), o professor na sala de aula presencial tem o poder da “fala”, enquanto que no espaço virtual essa “fala” é substituída pelo diálogo e colaboração entre os membros do grupo. Para a autora, é nas ideias de Vygotsky que encontramos respaldo teórico que demonstre que essa ação se concretiza. Os estudos postulados por Vygotsky permitem compreender as concepções de ensino e de aprendizagem, bem como o desenvolvimento mental e social, sob a perspectiva da mediação. Isso significa que toda atividade ou ação do sujeito sobre o objeto é mediada socialmente, tanto simbolicamente, por meio de signos internos e externos, quanto pelo uso da linguagem, ou ainda pela ação de outro sujeito. Nessa perspectiva, a linguagem não diz respeito, essencialmente, à fala, mas também às diferentes formas de interação que o homem tem criado, historicamente, para interagir com o mundo. Dessa forma, o gesto, a mímica, a escrita, o desenho e um sinal representam esses meios que nos auxiliam na execução de problemas e ações diversas. Todo produto natural, tecnológico ou de consumo pode tornar-se signo e adquirir, assim, um sentido que ultrapasse suas próprias particularidades. Um signo não existe apenas como parte de uma realidade; ele também reflete e refrata outra. Ele pode distorcer esta realidade, ser-lhe fiel, ou apreende-la de um ponto de vista específico, etc. (BAKHTIN, 2004, p.32): Vygotsky (2007) postula a aprendizagem e o desenvolvimento baseado não mais na ação direta do sujeito sobre o objeto (S – R), mas em uma ação mediada pelo outro, a qual ele intitula “elo intermediário”. Dessa forma o “processo simples estímulo-resposta é substituído por um ato complexo” (p.33). A internalização das formas culturais de comportamento, enraizadas historicamente, representa o avanço qualitativo da psicologia humana. Todo esse processo tem como base as operações com signos, que para Vygotsky (2007) representa a grande distinção entre a psicologia animal e a psicologia humana. Os processos, os instrumentos e os signos que medeiam nossas ações cotidianas são alterados conforme o contexto em que nos encontramos. De acordo com Souza (2006, p.68), “ ao entrarmos em contato com o contexto escolar, a mediação assume características diferentes, passando a ter um caráter intencional e sistematizado, denominada mediação pedagógica”. Esse conceito de mediação pedagógica atrela-se ao pensamento de uma ação concretizada pela ajuda do outro. No contexto escolar, teremos a figura do professor, sujeito essencial capaz de fazer um elo entre aquilo que o aprendiz traz (conhecimento do senso comum) e o conhecimento científico, historicamente sistematizado. Nesse sentido, compreendemos a mediação pedagógica como a ação de intervenção no aprendizado do sujeito, seja presencial ou online. Essa ação de mediação é concretizada essencialmente pelo professor, por meio de signos e de instrumentos auxiliares, que conduzirão alunos e professores na prática educativa. Na perspectiva Vygotskyana, a mediação é um processo. Ela não corresponde ao ato em si, não é alguém que se contrapõe a uma ação, mas é ela mesma a própria relação. A mediação ocorre por meio dos diferentes signos, instrumentos e até pelas formas semióticas. Não necessita, obrigatoriamente, da presença física do outro, pois não é a corporeidade que estabelecerá uma relação social mediatizada. Seria, antes, um processo de significação que permite a interação e a comunicação entre as pessoas e a passagem da totalidade às partes e vice-versa (MOLON, 2008). Mediação Pedagógica no Ambiente Virtual de Aprendizagem: a perspectiva dos alunos No ano de 2007 foi realizada uma investigação empírica com 26 alunos participantes do curso GTR1, que foi desenvolvido no ambiente virtual de aprendizagem Moodle. Naquele ano, tendo em vista a distância geográfica do pesquisador com relação ao grupo pesquisado, o questionário foi elaborado e disponibilizado de forma online, por meio do software livre denominado PHP Surveyor. O questionário e as perguntas semi-estruturadas, seu recebimento e tabulação, foram realizados entre os meses de março, abril e maio do ano de 2007. As questões foram divididas em quatro categorias, que correspondiam a: Interação no AVA; Mediação do tutor; Ferramentas do Ambiente; Linguagem no AVA Neste artigo sintetizamos os resultados obtidos a partir da investigação acerca da categoria “Mediação do tutor”. Cabe ressaltar que a análise foi pautada a partir das respostas dos alunos, bem como da observação realizada durante o desenvolvimento do referido curso. Os resultados foram explicitados por meio de gráficos e citações dos sujeitos. Para verificar questões referentes à mediação pedagógica do tutor, focamos nossas perguntas nos momentos de interação ocorridos durante o curso. Durante o desenvolvimento do curso, não foram propostas atividades que propiciassem uma maior interação entre os participantes. A única atividade que proporcionava, efetivamente, uma troca entre eles, era a ferramenta fórum. Entretanto, as discussões resumiam-se apenas em respostas isoladas aos tutores e pouquíssima discussão sobre as respostas dos mesmos. De acordo com Palloff e Pratt (2004), a interação entre alunos depende também da significação prévia dessa atividade no começo do curso ou durante o desenvolvimento das atividades. As tarefas solicitadas no curso, muitas vezes, demandam apenas respostas isoladas do aluno, não ocorrendo propriamente interação. Ainda de acordo com as autoras, “Os alunos precisam entender sua responsabilidade na criação de uma comunidade de aprendizagem e a importância de sua interação.” (PALLOFF e PRATT, 2004, p.91). O sujeito participante do curso desenvolvido em AVA pode esperar do tutor ações semelhantes àquelas concretizadas pelos professores na educação presencial, tais como: interação simultânea e resposta imediata do professor. A dificuldade em compreender a dinâmica desses ambientes é consequência, também, da falta de interação do tutor, que precisa contextualizar o aluno em relação às novas formas de aprendizagem que se apresentam. É o tutor quem orienta o aluno nesses novos espaços virtuais, dando significado aos conteúdos. Mostrar aos alunos online qual é sua responsabilidade e quais são as expectativas que se têm deles pode ajudá-los a entender o que é a aprendizagem online antes de continuarem no curso, eliminando assim surpresas. Isso, repita-se, só pode aumentar a probabilidade de que os alunos permaneçam no curso até o fim, alocando tempo suficiente e estando prontos para serem responsáveis pela própria aprendizagem. (PALLOFF e PRATT, 2004). Para Belloni (2003 p. 82-83). A redefinição do papel do professor é crucial para o sucesso dos processos educacionais presenciais ou a distância. Sua atuação tenderá a passar do monólogo sábio da sala de aula para o diálogo dinâmico dos laboratórios, sala de meios, email, telefone e outros meios de interação mediatizada. Diretrizes mínimas de participação ajudam a conquistar e manter os alunos online. Contudo, apenas entrar no site regularmente, mas não contribuir com algo substancial para a discussão, é pouco para sustentar o desenvolvimento da comunidade de aprendizagem. Nas trocas realizadas nos fóruns, observamos a dificuldade de manter os alunos envolvidos em uma discussão por muito tempo. Por isso que, para Palloff e Pratt (2004, p.141), cursos com altos níveis de interação tendem a obter maior índice de satisfação e menor índice de abandono. Assim, incentivar um alto nível de interação é papel fundamental do professor. Na verdade, talvez seja a sua tarefa mais importante no ambiente de aprendizagem on-line. As ações realizadas nos AVAs são distintas das ações realizadas por professores da educação presencial. Além disso, o aluno e o professor também devem estar preparados para essa experiência. Esse preparo pressupõe, sobretudo, formação e estudo sobre a dinâmica da EaD. É necessário que o tutor esclareça como e quando o feedback (retorno das atividades aos alunos) será realizado durante o curso, ou seja, com que frequência o aluno poderá contar com suas orientações. Vejamos a resposta de um dos alunos do curso sobre a relevância da mediação do tutor durante o curso: Aluno (a) 1: “eu adorava quando a tutora se direcionava a mim, em particular, nas questões respondidas, nos meus pareceres. Esse procedimento remete ao aluno participante uma grande empatia na relação professor-aluno, além da segurança e propriedade no conteúdo ministrado pelo tutor”. A resposta demonstra a importância do acompanhamento do tutor em todas as ações desenvolvidas durante o curso. Palloff e Pratt (2004, p.91-92), reafirmam esta questão ao dizerem que: Embora o papel do professor on-line seja diferente, os alunos não podem sentir-se abandonados. Entender as diferenças que existem na interação das aulas on-line e das aulas presenciais e também assistir os alunos na correta avaliação de sua experiência de aprendizagem on-line pode ajudar a aliviar sentimentos de isolamento. Identificamos um grande apelo, nas respostas dos alunos, para que os tutores atendessem às suas expectativas e, para isso, era imprescindível a presença deles durante todo o curso. Havia uma cobrança dos alunos acerca da postura que o tutor deveria manter frente às atividades realizadas durante o curso. Seja pela quantidade de alunos no curso online, ou mesmo pela aparente “informalidade” desses cursos, os alunos de cursos virtuais tendem a não se dedicar à realização das atividades solicitadas ou mesmo participar das discussões iniciadas nas ferramentas interativas. E, quando os tutores não conseguem acompanhar o desenvolvimento do aluno de forma efetiva, um desconforto acaba acontecendo no curso, principalmente para aqueles que cumprem suas atividades de maneira correta e pontual. Essa visão dos alunos fica explícita na seguinte resposta: Aluno (a) 2: Uma mediação virtual de qualidade é quando o tutor demonstra conhecimento e segurança sobre o conteúdo, expõe de forma clara e objetiva os questionamentos, instigando o “aluno” a participar dos estudos e discussões, não se conformando com respostas “vazias”. A afetividade também é manifestada como fator importante na mediação virtual para alunos no AVA. Eles consideram essencial criar laços afetivos nesses espaços, a fim de melhorar a qualidade da mediação. Os alunos afirmam que a mediação de qualidade depende de o tutor estar “presente”, percebendo as “ausências”, possibilitando assim, que o aluno se sinta parte do grupo. Vejamos duas considerações de mais dois alunos (as) do curso: Aluno (a) 3: Na minha opinião, o bom tutor é aquele que realmente interage com a produção dos alunos, que comenta, que chama individualmente, que percebe as ausências, que estimula seus tutorandos a interagirem, exporem ideia. Aluno (a) 4: Sem o professor tutor não existiria a atividade, pois é ele quem fornece o encaminhamento para a correta execução das atividades e propõe os desafios a serem suplantados como forma de elevação dos níveis de conhecimento e domínio dos conteúdos propostos. As respostas demonstram o quão importante é a ação de interação do tutor. E como é significativa, para o aluno, a assistência individual na realização das atividades e, especialmente, nos momentos próprios de interação, como nos fóruns e chats. Por isso que, na educação desenvolvida em AVA, apesar da aprendizagem ser mais autônoma, o aluno necessitará de uma mediação direcionada a ele. As respostas indicam também a necessidade de o professor tutor responder às atividades, fazendo comentários às respostas dos alunos e, principalmente, tendo sensibilidade para perceber quando este está “distante” do curso, a fim de oferecer atenção especial para o mesmo. Palloff e Pratt (2004) lembram que uma das críticas que se faz à aprendizagem online refere-se à ausência de interação pessoal, algo que os alunos sempre buscarão. Se os professores são treinados não apenas para ministrar cursos usando a tecnologia, mas têm conhecimento de métodos pedagógicos que facilitam sua vida on-line, e se, além disso, o desenvolvimento da comunidade, se tornar uma prioridade, o resultado poderá ser um curso altamente interativo. (Palloff e Pratt2004, p.141). As respostas dos alunos sobre a relevância da mediação pedagógica do tutor no AVA englobam os seguintes fatores: o tutor deve possuir conhecimento sobre o conteúdo estudado; ter clareza em suas explicações, segurança e empatia no tratamento dos assuntos discutidos; e, principalmente, interagir de modo que o aluno não se sinta excluído em suas dúvidas e necessidades particulares. Ao mesmo tempo em que orienta, motiva e instiga o grupo para as trocas no AVA, deve se preocupar também com as atividades individuais, proporcionando um feedback específico para a sua atividade. Dessa forma, a mediação do tutor continua sendo fundamental, mesmo que o aluno esteja no centro do processo. Nesse cenário, o virtual não se torna um obstáculo para quem inicia um curso a distância totalmente online pela primeira vez. Considerações Finais A EaD ainda tem como principal característica a distância geográfica entre as pessoas.Porém, com os diversos recursos próprios para a interação, o grande desafio é “aproximar” essas pessoas para trocar experiências e se apropriar dos conteúdos escolares dentro do espaço virtual. Os AVAs proporcionam e viabilizam interações inovadoras e, acima de tudo, síncronas, ou seja, simultâneas entre os sujeitos participantes. Toda essa acessibilidade e inovação proporcionam um ambiente mais interativo no processo de ensino e de aprendizagem em comparação ao ensino por correspondência oferecia, por exemplo. O grande desafio é adaptar os alunos que vem de experiências presenciais a uma modalidade a distância de educação, já que esses tendem a comparar os dois processos. Nessa comparação, especialmente quando se trata da educação brasileira, a dificuldade é trabalhar de maneira autônoma. A metodologia utilizada no curso também é um fator determinante para o processo de interação no AVA. Com base nas respostas dos sujeitos participantes dessa investigação, notamos que uma metodologia fundamentada em perguntas e respostas nos fóruns e leituras e discussões de textos, não viabilizam uma interação efetiva e significativa para os alunos. Quando o tutor se volta para o aluno, em momentos específicos, em grupo ou individuais, os mesmos são motivados a interagirem entre si, o que os conduz a melhorar a participação na resolução das diferentes atividades dispostas no ambiente. Nos AVAs, o tutor representa o eixo motor de toda e qualquer atividade realizada. Sem a sua intervenção, motivação ou interação, a realização de qualquer tarefa se torna mais difícil. A mediação do tutor é uma ação que engloba desde a realização de comentários sobre as tarefas individuais, até o convite para o aluno participar da discussão, além de identificar casos de alunos propensos à evasão. Essas ações são essenciais para desenvolver o bom trabalho docente no processo de ensino e de aprendizagem no AVA. A mediação no AVA está alicerçada especialmente na ação do tutor, mas também nas ferramentas e recursos tecnológicos. Entretanto, é o tutor que deve apresentar uma postura de orientador, motivador, demonstrando empatia e conhecimento com os conteúdos estudados. A mediação pedagógica no AVA será distinta da mediação desenvolvida em experiências educacionais na modalidade presencial, e sua função nos cursos desenvolvidos a distância ainda é primordial. A relação com o meio, com os outros, com os signos, com a palavra e com a fala norteiam todo o processo de mediação pedagógica, sendo, acima de tudo, um modo de relação e não uma ação imediata. Fatores como motivação e permanência dos alunos em cursos desenvolvidos a distância no AVA dependem muito mais da relação de mediação e interação entre aluno-tutor e aluno-aluno, do que da ação individualizada dos sujeitos do espaço virtual. Por isso mesmo, as atividades e demais trabalhos realizados no AVA baseiam-se em discussões e diálogos estabelecidos com o grupo, seja na linguagem oral ou escrita. A aprendizagem no AVA pressupõe um elo intermediário entre os conteúdos, as ferramentas tecnológicas de interação e os sujeitos. Mesmo levando em consideração a autonomia do aluno, não podemos esquecer que ele não escolherá os conteúdos a serem trabalhados no curso, muito menos as estratégias de estudo. Educação a distância não é autodidatismo. Nesse sentido, a mediação pedagógica não demanda apenas encaminhar ou orientar os alunos dentro do espaço virtual. Nem significa um trabalho de “pergunta e resposta”, que comumente ocorrem nesses cursos. Mediar não é apenas dizer ao aluno que ele concluiu ou não uma determinada atividade. Mediar é instigar o aluno, acompanhá-lo em suas dúvidas e, sobretudo, identificar a sua ausência no decorrer do processo. A mediação pedagógica no AVA é extremamente relevante e significativa para o aluno. Ela não se desenvolve em uma ação individualista e isolada e, por isso, não pode ser construída apenas no uso de recursos tecnológicos. REFERÊNCIAS BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. 11. ed. São Paulo: Hucitec, 2004. 1738 COSTA, J. W. da; OLIVEIRA, M. A. M. (Orgs). Novas linguagens e novas tecnologias: educação e sociabilidade. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004. KENSKI, V. Tecnologias e Ensino Presencial e a Distância. Campinas, SP: Papirus, 2003. MOLON, S. I. (2000). Cultura – A dimensão psicológica e a mudança histórica e cultural. Trabalho apresentado na III Conferência de Pesquisa Sócio-cultural, Campinas, SP. Disponível em: www.fae.unicamp.br/br2000/trabs/2330.doc. Acesso em: 20 de abril de 2008. MORAES, R. A. Educação a Distância: aspectos histórico-filosóficos. In: Linguagens e interatividade em Educação a Distância ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. PALLOFF, R. M.; PRATT, K. O aluno virtual: um guia para trabalhar com estudantes on-line. Porto Alegre: Artmed, 2004. PEREIRA, A. T. C.; SCHMITT, V.; DIAS, M. R. A C. Ambientes Virtuais de Aprendizagem. In: PEREIRA, Alice T. Cybis. (orgs). AVA - Ambientes Virtuais de Aprendizagem em Diferentes Contextos. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda., 2007. SOUZA, R. A M. A mediação pedagógica da professora: o erro na sala de aula. Campinas, SP: 2006. Tese de doutorado – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação. TORI, R. Avaliando Distâncias na Educação. Disponível em: www.abed.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=183&sid=102&UserActiveTe mplate=4abed. Acesso em: 10 de setembro de 2008. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007. BELLONI, M. L. Educação a Distância. Campinas, SP: Associados, 2003. FONTE: http:// ssuu.com/menta/docs/disserta_suelen_completa_2009.11de maio de 2012

ETIQUENET: COMPORTAMENTO ADEQUADO DE PROFESSORES E ESTUDANTES NO AVAs

Para nós, este é o ponto mais importante: ter um bom relacionamento com você. Apenas lembre-se de fazer isso com respeito, sem usar expressões desagradáveis ou ofensivas, enfim, é o que chamamos de ETIQUENET. A ética é um dos temas que discutimos em nossas aulas, podemos dizer que a etiqueta é uma mini-ética. Não falar de boca cheia, usar as palavras mágicas como, por favor, obrigado, com licença, fazem parte da etiqueta de nosso dia-a-dia. E na internet? Existem algumas regrinhas básicas de etiqueta que devemos observar para não sermos considerados no mínimo mal-educados. Vamos pensar sobre elas? No ambiente virtual sério não existe anonimato, devemos nos identificar e evitar apelidos. Em outros ambientes mais informais devemos usar apelidos. Tanto nos ambientes formais como nos informais não podemos confundir nossa vida privada, nossa intimidade com nossa vida pública. Por segurança não devemos expor a nossa vida, detalhes de nossa família, endereços, telefones. Existem pessoas mal-intencionadas e com tempo para “caçar” inocentes na net. Intimidade é para amigos não para conhecidos. No mundo virtual existem locais para todos os tipos de interesse e devemos respeitar a sua finalidade, não fica estranho num site religioso ficar utilizando palavrões e num site punk ficar fazendo pregações religiosas? Um blog, como esse, não é lugar de bate-papo informal como de um botequim, não é o local adequado para fofocas, falar mal dos outros. Podemos estar “queimando nosso seu filme” e de nossa escola. Se provocados, não devemos responder. A pessoa que “zuar” ou “apavorar” quer a nossa atenção, ela vai “morrer de catapora” se for ignorada e pode se adequar ao ambiente visitado. O que nos falamos o vento pode levar o que escrevemos fica registrado. Antes de escrever um bilhete, um torpedo, um post, devemos sempre pensar se seremos bem interpretados. A linguagem escrita exige um pouco mais de reflexão. Encontrei os Dez Mandamentos da Ética na Internet, vale a pena refletir: Não use o computador para prejudicar as pessoas. Não interfira no trabalho de outras pessoas. Não altere arquivos alheios. Não use o computador para roubar. Não use o computador para obter falsos testemunhos. Não use nem copie softwares pelos quais você não pagou. Não use os recursos de computadores alheios sem pedir permissão. Não se aproprie de ideias que não são suas. Pense nas consequências sociais causadas pelo que você escreve. Use o computador de modo que demonstre consideração e respeito. FONTE: http://maonaterra.blogspot.com.br/2008/05/etiqueta-na-internet-etiquenet.htm..11 de maio de 2012.

A IMPORTÂNCIA DAS TICs NA EDUCAÇÃO

Lauren Sanches é graduada em Sistemas de Informação pelo UNIRITTER. Pós-Graduação em Educação a Distância pelo SENAC/RS. Atua como Analista de Suporte de Sistema e é colunista do E-College. Primeiramente, gostaria de afirmar que, analisando a sociedade atual, podemos perceber que as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) trouxeram vários benefícios para os educandos e educadores. O uso das tecnologias, em geral, auxilia no processo de ensino e aprendizagem, tanto para professores, quanto para alunos. E, há um tempo, a sala de aula era vista como um lugar onde o professor era o único transmissor do saber. Assim, a educação começa a ter como perspectiva ser uma maneira de preparar a pessoa para um futuro profissional competitivo e que essa tenha condições de sentir que está apta a enfrentar os desafios que a vida apresentar a sua frente. A escola, por sua vez, passa a ter o desafio de formar pessoas conscientes, que tenham uma bagagem do que é ser um bom cidadão e profissional. Para complementar essa ideia de mudança nos conceitos educacionais, apresento a referência de Santos (200, p.114): “As tecnologias digitais vêm superando e transformando os modos e processos de produção e socialização de uma variada gama de saberes. Criar, transmitir, armazenar e significar estão acontecendo como em nenhum outro momento da história. Os novos suportes digitais permitem que as informações sejam manipuladas de forma extremamente rápida e flexível envolvendo praticamente todas as áreas do conhecimento sistematizado bem como todo cotidiano nas suas multifacetadas relações. Vivemos efetivamente uma mudança cultural”. A Educação a Distância (E a D), por sua vez, começa a ser utilizada como uma modalidade inovadora que enriquece os momentos presenciais e possibilita ao professor utilizar toda a sua criatividade para que junto ao aluno possa construir um aprendizado de qualidade. Essa modalidade ganha forças no momento em que aceita a concepção das TICs, atuando como uma ferramenta de tecnologia educativa, utilizada como estratégia de ensino-aprendizagem. Além disso, as modernas tecnologias utilizadas viabilizam a interatividade, considerada fator-chave da E a D. Percebe-se que o ideal é aliar toda a Tecnologia Educacional à Didática. Isso só é possível recorrendo à tecnologia baseada desde o giz até os computadores, não restringindo aos meios multimídia conhecidos, apenas. Mas sim, uma ideia mais ampla, unindo tudo que se tem desde o princípio da educação até a atualidade. Para auxiliar no sucesso da E a D, tem-se a figura de alguns profissionais que atuam na área de suporte. O ideal é disponibilizar uma equipe multidisciplinar com conhecimentos técnicos e pedagógicos em Computação que trabalham nos contextos dos sistemas operacionais, gerenciamento dos bancos de dados e todas as aplicações ligadas ao E a D. Além de oferecer o suporte técnico necessário para seu melhor desenvolvimento em benefício dos sistemas em uso. Esse sistema que deve ser utilizado, precisa estar em condições de fazer com que os participantes do curso superem essas distâncias e tornem o ambiente como um fator positivo para o seu aprendizado. Para finalizar, é importante dizer que as pessoas precisam perceber a necessidade de aliar a prática pedagógica com a tecnologia a fim de enriquecer as aulas e direcionar os alunos para as novas propostas de aprendizagem. Sem dúvida alguma é um grande desafio e os profissionais envolvidos na área precisam estar preparados para prover todo o suporte necessário aos envolvidos nessa modalidade. Referência Bibliográfica SANTOS, Edméa Oliveira. Formação de Professores e Cibercultura: novas práticas curriculares na educação presencial e a distância. In: Revista da FAEEBA, v.11, n. 17, p.113-122, jan./jun. 2002. FONTE: http://seer.ufrgs.br/renote/article/view/13599. 11. de maio de 2012. ETIQUENET: COMPORTAMENTO ADEQUADO DE PROFESSORES E ESTUDANTES NO AVAs Para nós, este é o ponto mais importante: ter um bom relacionamento com você. Apenas lembre-se de fazer isso com respeito, sem usar expressões desagradáveis ou ofensivas, enfim, é o que chamamos de ETIQUENET. A ética é um dos temas que discutimos em nossas aulas, podemos dizer que a etiqueta é uma mini-ética. Não falar de boca cheia, usar as palavras mágicas como, por favor, obrigado, com licença, fazem parte da etiqueta de nosso dia-a-dia. E na internet? Existem algumas regrinhas básicas de etiqueta que devemos observar para não sermos considerados no mínimo mal-educados. Vamos pensar sobre elas? No ambiente virtual sério não existe anonimato, devemos nos identificar e evitar apelidos. Em outros ambientes mais informais devemos usar apelidos. Tanto nos ambientes formais como nos informais não podemos confundir nossa vida privada, nossa intimidade com nossa vida pública. Por segurança não devemos expor a nossa vida, detalhes de nossa família, endereços, telefones. Existem pessoas mal-intencionadas e com tempo para “caçar” inocentes na net. Intimidade é para amigos não para conhecidos. No mundo virtual existem locais para todos os tipos de interesse e devemos respeitar a sua finalidade, não fica estranho num site religioso ficar utilizando palavrões e num site punk ficar fazendo pregações religiosas? Um blog, como esse, não é lugar de bate-papo informal como de um botequim, não é o local adequado para fofocas, falar mal dos outros. Podemos estar “queimando nosso seu filme” e de nossa escola. Se provocados, não devemos responder. A pessoa que “zuar” ou “apavorar” quer a nossa atenção, ela vai “morrer de catapora” se for ignorada e pode se adequar ao ambiente visitado. O que nos falamos o vento pode levar o que escrevemos fica registrado. Antes de escrever um bilhete, um torpedo, um post, devemos sempre pensar se seremos bem interpretados. A linguagem escrita exige um pouco mais de reflexão. Encontrei os Dez Mandamentos da Ética na Internet, vale a pena refletir: Não use o computador para prejudicar as pessoas. Não interfira no trabalho de outras pessoas. Não altere arquivos alheios. Não use o computador para roubar. Não use o computador para obter falsos testemunhos. Não use nem copie softwares pelos quais você não pagou. Não use os recursos de computadores alheios sem pedir permissão. Não se aproprie de ideias que não são suas. Pense nas consequências sociais causadas pelo que você escreve. Use o computador de modo que demonstre consideração e respeito. FONTE: http://maonaterra.blogspot.com.br/2008/05/etiqueta-na-internet-etiquenet.htm..11 de maio de 2012.

FILME BÍBLICO: A HISTORIA DE RUTH - (RARIDADE)

as 7 regras do amor completo (youtubefilmes)

Sócrates - filme completo

sexta-feira, 11 de maio de 2012

EDUCAÇÃO BIMODAL NO AVAs

Orientação para o Projeto Integrador Valor10 pts Grupos 6 pessoas Entrega 30 de maio- Avaliação individual Temas que devem ser contemplados em todos os trabalhos A importância das TICs na educação Etiquenet:comportamentos adequados de professores e estudantes nos AVAs. Impotânciada mediação do professor nos AVAs Apresentação de projetos de TICs implantados pelo governo Federal e GDF. O que fazer por grupo: 1 blog 1 ppt 1 texto (word- 2 páginas) 1 vídeo move maker Cada grupo deverá entregar um cd com os trabalhos 1º avaliação 16 de maio (5 pts) 2º avaliação 30 de maio (5pts) A IMPORTÂNCIA DAS TICs NA EDUCAÇÃO Lauren Sanches é graduada em Sistemas de Informação pelo UNIRITTER. Pós-Graduação em Educação a Distância pelo SENAC/RS. Atua como Analista de Suporte de Sistema e é colunista do E-College. Primeiramente, gostaria de afirmar que, analisando a sociedade atual, podemos perceber que as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) trouxeram vários benefícios para os educandos e educadores. O uso das tecnologias, em geral, auxilia no processo de ensino e aprendizagem, tanto para professores, quanto para alunos. E, há um tempo, a sala de aula era vista como um lugar onde o professor era o único transmissor do saber. Assim, a educação começa a ter como perspectiva ser uma maneira de preparar a pessoa para um futuro profissional competitivo e que essa tenha condições de sentir que está apta a enfrentar os desafios que a vida apresentar a sua frente. A escola, por sua vez, passa a ter o desafio de formar pessoas conscientes, que tenham uma bagagem do que é ser um bom cidadão e profissional. Para complementar essa ideia de mudança nos conceitos educacionais, apresento a referência de Santos (200, p.114): “As tecnologias digitais vêm superando e transformando os modos e processos de produção e socialização de uma variada gama de saberes. Criar, transmitir, armazenar e significar estão acontecendo como em nenhum outro momento da história. Os novos suportes digitais permitem que as informações sejam manipuladas de forma extremamente rápida e flexível envolvendo praticamente todas as áreas do conhecimento sistematizado bem como todo cotidiano nas suas multifacetadas relações. Vivemos efetivamente uma mudança cultural”. A Educação a Distância (E a D), por sua vez, começa a ser utilizada como uma modalidade inovadora que enriquece os momentos presenciais e possibilita ao professor utilizar toda a sua criatividade para que junto ao aluno possa construir um aprendizado de qualidade. Essa modalidade ganha forças no momento em que aceita a concepção das TICs, atuando como uma ferramenta de tecnologia educativa, utilizada como estratégia de ensino-aprendizagem. Além disso, as modernas tecnologias utilizadas viabilizam a interatividade, considerada fator-chave da E a D. Percebe-se que o ideal é aliar toda a Tecnologia Educacional à Didática. Isso só é possível recorrendo à tecnologia baseada desde o giz até os computadores, não restringindo aos meios multimídia conhecidos, apenas. Mas sim, uma ideia mais ampla, unindo tudo que se tem desde o princípio da educação até a atualidade. Para auxiliar no sucesso da E a D, tem-se a figura de alguns profissionais que atuam na área de suporte. O ideal é disponibilizar uma equipe multidisciplinar com conhecimentos técnicos e pedagógicos em Computação que trabalham nos contextos dos sistemas operacionais, gerenciamento dos bancos de dados e todas as aplicações ligadas ao E a D. Além de oferecer o suporte técnico necessário para seu melhor desenvolvimento em benefício dos sistemas em uso. Esse sistema que deve ser utilizado, precisa estar em condições de fazer com que os participantes do curso superem essas distâncias e tornem o ambiente como um fator positivo para o seu aprendizado. Para finalizar, é importante dizer que as pessoas precisam perceber a necessidade de aliar a prática pedagógica com a tecnologia a fim de enriquecer as aulas e direcionar os alunos para as novas propostas de aprendizagem. Sem dúvida alguma é um grande desafio e os profissionais envolvidos na área precisam estar preparados para prover todo o suporte necessário aos envolvidos nessa modalidade. Referência Bibliográfica SANTOS, Edméa Oliveira. Formação de Professores e Cibercultura: novas práticas curriculares na educação presencial e a distância. In: Revista da FAEEBA, v.11, n. 17, p.113-122, jan./jun. 2002. FONTE: http://seer.ufrgs.br/renote/article/view/13599. 11. de maio de 2012. ETIQUENET: COMPORTAMENTO ADEQUADO DE PROFESSORES E ESTUDANTES NO AVAs Para nós, este é o ponto mais importante: ter um bom relacionamento com você. Apenas lembre-se de fazer isso com respeito, sem usar expressões desagradáveis ou ofensivas, enfim, é o que chamamos de ETIQUENET. A ética é um dos temas que discutimos em nossas aulas, podemos dizer que a etiqueta é uma mini-ética. Não falar de boca cheia, usar as palavras mágicas como, por favor, obrigado, com licença, fazem parte da etiqueta de nosso dia-a-dia. E na internet? Existem algumas regrinhas básicas de etiqueta que devemos observar para não sermos considerados no mínimo mal-educados. Vamos pensar sobre elas? No ambiente virtual sério não existe anonimato, devemos nos identificar e evitar apelidos. Em outros ambientes mais informais devemos usar apelidos. Tanto nos ambientes formais como nos informais não podemos confundir nossa vida privada, nossa intimidade com nossa vida pública. Por segurança não devemos expor a nossa vida, detalhes de nossa família, endereços, telefones. Existem pessoas mal-intencionadas e com tempo para “caçar” inocentes na net. Intimidade é para amigos não para conhecidos. No mundo virtual existem locais para todos os tipos de interesse e devemos respeitar a sua finalidade, não fica estranho num site religioso ficar utilizando palavrões e num site punk ficar fazendo pregações religiosas? Um blog, como esse, não é lugar de bate-papo informal como de um botequim, não é o local adequado para fofocas, falar mal dos outros. Podemos estar “queimando nosso seu filme” e de nossa escola. Se provocados, não devemos responder. A pessoa que “zuar” ou “apavorar” quer a nossa atenção, ela vai “morrer de catapora” se for ignorada e pode se adequar ao ambiente visitado. O que nos falamos o vento pode levar o que escrevemos fica registrado. Antes de escrever um bilhete, um torpedo, um post, devemos sempre pensar se seremos bem interpretados. A linguagem escrita exige um pouco mais de reflexão. Encontrei os Dez Mandamentos da Ética na Internet, vale a pena refletir: Não use o computador para prejudicar as pessoas. Não interfira no trabalho de outras pessoas. Não altere arquivos alheios. Não use o computador para roubar. Não use o computador para obter falsos testemunhos. Não use nem copie softwares pelos quais você não pagou. Não use os recursos de computadores alheios sem pedir permissão. Não se aproprie de ideias que não são suas. Pense nas consequências sociais causadas pelo que você escreve. Use o computador de modo que demonstre consideração e respeito. FONTE: http://maonaterra.blogspot.com.br/2008/05/etiqueta-na-internet-etiquenet.htm..11 de maio de 2012. A IMPORTÂNCIA DA MEDIAÇÃO DO PROFESSOR NO AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM(AVAs) MACHADO, Suelen Fernanda – SEED sumachado@seed.pr.gov.br TERUYA, Teresa Kazuko – UEM tkteruya@gmail.com Eixo Temático: Comunicação e Tecnologia Agência Financiadora: Não contou com financiamento Resumo O artigo apresenta resultados da pesquisa de campo realizada para a dissertação de mestrado intitulada: Mediação Pedagógica em Ambientes Virtuais de Aprendizagem, defendida na Universidade Estadual de Maringá, no ano de 2009. O advento da internet propiciou a ampliação da educação a distância (E a D) utilizando os ambientes virtuais de aprendizagem (AVAs). Porém, apesar dos avanços conquistados pela E a D com a utilização dos AVAs, faz se necessário um avanço significativo nas práticas de mediação pedagógica do tutor para a efetivação dos processos de ensino e de aprendizagem nestes ambientes. O objetivo é investigar os processos de interação e mediação pedagógica no AVA com presença constante e efetiva do tutor. Diante dos altos índices de evasão dos cursos desenvolvidos nessa modalidade, por causa da ausência do tutor como mediador pedagógico, foi realizada uma investigação empírica com os alunos de um curso de formação de professores desenvolvido a distância no ambiente virtual Moodle. Utilizamos o conceito de mediação na perspectiva Vigotskyana, que discute, sobretudo, as relações entre o cognitivo e o social. Os estudos de Bakhtin (2004), Moraes (2003), Belloni (2003), Palloff e Pratt (2004), entre outros, também contribuíram para a elaboração de um quadro teórico para sustentar a análise das linguagens e da mediação do tutor, no espaço virtual. Os dados indicam que as ferramentas e recursos de interação e comunicação disponíveis no ambiente apenas viabilizam a ação de mediação. Essa ação necessita de estratégias e de metodologias que se estabelecem a partir das relações interpessoais e da interação mútua do grupo, mediada pelo tutor. Palavras-chave: Formação de professores. Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Educação a Distância. Introdução O aparato tecnológico e telemático dos últimos anos mobilizaram amplos setores de nossa sociedade, por consequência e de forma significativa, o campo educacional. De maneira geral, a tecnologia estabelece a base de nosso sistema social. Com recursos cada vez mais sofisticados, mexe com as estruturas culturais do mundo todo, intervindo também nas práticas de ensino e de aprendizagem. Nesse processo de avanço tecnológico, a EaD (Educação a Distância) tem conquistado, cada vez mais espaço no campo educacional. Utilizando maiores recursos tecnológicos e ferramentas cada vez mais interativas, essa modalidade alcança, por meio de seus cursos, os mais longínquos lugares do mundo, pregando a democratização e a ampliação do acesso ao ensino. Porém, a E a D ainda é concebida como assunto polêmico no campo educacional. Moraes (2003, p.111) declara que: Tratar da educação à distância é uma questão bastante complexa, pois se trata de analisar e avaliar a qualidade das relações sociais nos ambientes de aprendizagem mediados por alguma técnica. A E a D é complexa, visto que não demanda apenas mensurar a quantidade de alunos que atinge ou mesmo a quantidade de interação que se tem, mas implica em uma reflexão, se meus parâmetros pedagógicos, sobre suas intencionalidades, já que poderão servir tanto ao ajustamento quanto a emancipação social. Compreendemos que na E a D existe uma situação de distância, temporal ou espacial, entre aquele que ensina e o que aprende. Contudo, não é ponderado avaliar um curso de E a D pela distância espacial, nem mesmo pelas experiências temporais de interação. Com as novas tecnologias de informação e comunicação cabe uma reflexão sobre qual é a sensação de distância que o aprendiz sente no desenvolvimento de um curso nesta modalidade (TORI,2008). Essa sensação de distância na EaD ocorre, na maioria das vezes, por causa das velhas práticas pedagógicas que alguns cursos a distância ainda preconizam. Mesmo utilizando novíssimos artefatos tecnológicos de informação, comunicação e interação, ainda continuam disseminando um ensino a distância baseado na velha instrução tecnicista. Ao se utilizar AVAs em cursos na modalidade a distância, espera-se que a simples disponibilização de materiais didáticos, textos e mídias audiovisuais, garantam que todos os alunos, muitas vezes de forma solitária, se apropriem do conhecimento sem que haja, contudo, uma mediação pedagógica efetiva. Os momentos síncronos nesses cursos acontecem com menor frequência e as ferramentas de interação nem sempre alcançam seus objetivos. Dessa forma, precisamos compreender porque os momentos de mediação nos cursos a distância, frente aos grandes avanços tecnológicos, ainda não encontraram meios eficazes para propiciar uma interação efetiva. A investigação aqui relatada, não buscou mensurar, mas sim refletir sobre a importância da mediação pedagógica em cursos a distância no AVA, evidenciando a necessária presença do tutor nestes espaços. Sobre os Ambientes Virtuais de Aprendizagem Quando se fala em ambiente de aprendizagem, suprimindo aqui a palavra virtual, quase sempre imaginamos o espaço da sala de aula. Docentes e discentes, carteiras e lousas compõem o espaço físico onde, supostamente, deve acontecer o processo de ensino e de aprendizagem. Para Costa e Oliveira (2004, p. 118), ambientes de aprendizagem são “espaços das relações com os saberes ambientes que favorecem a construção do conhecimento”. Dessa forma, entendemos que um bom ambiente de aprendizagem compreende várias dimensões que vão desde a integração de diferentes materiais didáticos até a relação entre professores, alunos, metodologias e estratégias de ensino. Essas dimensões devem ter a finalidade única de desenvolver a construção do conhecimento no aluno. No ensino presencial, o aluno encontra-se inserido em sala de aula e em contato direto com os mais diversos recursos didáticos. Sejam materiais impressos ou tecnológicos, esses instrumentos possibilitam a melhoria do ensino desde que utilizados de maneira significativa pelo docente. Além disso, a interação face a face com colegas da turma e professores ocorre de maneira simultânea. Já na E a D, em que o ensino e a aprendizagem, em grande parte, ocorrem em AVAs, os recursos didáticos encontram-se dispostos em contextos diferentes, permeados pela dinâmica do virtual, caracterizados principalmente pela separação (espaço e tempo) entre aquele que ensina e aquele que aprende. Pereira, Schimitt e Dias (2007) observam que o termo AVA pode ganhar várias nomenclaturas. Seja na literatura nacional ou na internacional, encontramos diferentes termos para descrever essa nova modalidade de educação, entre as quais estão: aprendizagem baseada na Internet, educação ou aprendizagem online, ensino ou educação a distância via Internet, elearning, Web-based learning, online learning, Learning management Systems, Virtual, Learning Environments, e-learning. As autoras afirmam ainda que, apesar desses ambientes serem veiculadores de conteúdos e permitirem a interação entre os sujeitos, a aprendizagem depende da qualidade do envolvimento das pessoas inseridas em tais espaços. De acordo com as autoras os AVAs: consistem em mídias que utilizam o ciberespaço para veicular conteúdos e permitir interação entre os atores do processo educativo. Porém a qualidade do processo educativo depende do envolvimento do aprendiz, da proposta pedagógica, dos materiais veiculados, da estrutura e qualidade de professores, tutores, monitores e equipe técnica, assim como das ferramentas e recursos tecnológicos utilizados no ambiente. (PEREIRA; SCHIMITT; DIAS, 2007, p. 4. Grifo nosso). Concordamos com este conceito por entendermos que quando o sujeito está inserido em um AVA, o aprender, o ensinar, os diálogos e as interações ganham novo contexto. Mas, à medida que o instrumento ganha maior importância (tornando-se fim e não meio) e que somente a técnica passa a ser utilizada, a aprendizagem fica seriamente comprometida. Nesta perspectiva, a técnica e os recursos avançados de interação não substituirão a atuação das pessoas, habitantes destes espaços. Por isso, há necessidade de um aprimoramento nas estratégias e intervenções pedagógicas dos tutores nestes espaços. Mediação Pedagógica Para Kensky (2003), o professor na sala de aula presencial tem o poder da “fala”, enquanto que no espaço virtual essa “fala” é substituída pelo diálogo e colaboração entre os membros do grupo. Para a autora, é nas ideias de Vygotsky que encontramos respaldo teórico que demonstre que essa ação se concretiza. Os estudos postulados por Vygotsky permitem compreender as concepções de ensino e de aprendizagem, bem como o desenvolvimento mental e social, sob a perspectiva da mediação. Isso significa que toda atividade ou ação do sujeito sobre o objeto é mediada socialmente, tanto simbolicamente, por meio de signos internos e externos, quanto pelo uso da linguagem, ou ainda pela ação de outro sujeito. Nessa perspectiva, a linguagem não diz respeito, essencialmente, à fala, mas também às diferentes formas de interação que o homem tem criado, historicamente, para interagir com o mundo. Dessa forma, o gesto, a mímica, a escrita, o desenho e um sinal representam esses meios que nos auxiliam na execução de problemas e ações diversas. Todo produto natural, tecnológico ou de consumo pode tornar-se signo e adquirir, assim, um sentido que ultrapasse suas próprias particularidades. Um signo não existe apenas como parte de uma realidade; ele também reflete e refrata outra. Ele pode distorcer esta realidade, ser-lhe fiel, ou apreende-la de um ponto de vista específico, etc. (BAKHTIN, 2004, p.32): Vygotsky (2007) postula a aprendizagem e o desenvolvimento baseado não mais na ação direta do sujeito sobre o objeto (S – R), mas em uma ação mediada pelo outro, a qual ele intitula “elo intermediário”. Dessa forma o “processo simples estímulo-resposta é substituído por um ato complexo” (p.33). A internalização das formas culturais de comportamento, enraizadas historicamente, representa o avanço qualitativo da psicologia humana. Todo esse processo tem como base as operações com signos, que para Vygotsky (2007) representa a grande distinção entre a psicologia animal e a psicologia humana. Os processos, os instrumentos e os signos que medeiam nossas ações cotidianas são alterados conforme o contexto em que nos encontramos. De acordo com Souza (2006, p.68), “ ao entrarmos em contato com o contexto escolar, a mediação assume características diferentes, passando a ter um caráter intencional e sistematizado, denominada mediação pedagógica”. Esse conceito de mediação pedagógica atrela-se ao pensamento de uma ação concretizada pela ajuda do outro. No contexto escolar, teremos a figura do professor, sujeito essencial capaz de fazer um elo entre aquilo que o aprendiz traz (conhecimento do senso comum) e o conhecimento científico, historicamente sistematizado. Nesse sentido, compreendemos a mediação pedagógica como a ação de intervenção no aprendizado do sujeito, seja presencial ou online. Essa ação de mediação é concretizada essencialmente pelo professor, por meio de signos e de instrumentos auxiliares, que conduzirão alunos e professores na prática educativa. Na perspectiva Vygotskyana, a mediação é um processo. Ela não corresponde ao ato em si, não é alguém que se contrapõe a uma ação, mas é ela mesma a própria relação. A mediação ocorre por meio dos diferentes signos, instrumentos e até pelas formas semióticas. Não necessita, obrigatoriamente, da presença física do outro, pois não é a corporeidade que estabelecerá uma relação social mediatizada. Seria, antes, um processo de significação que permite a interação e a comunicação entre as pessoas e a passagem da totalidade às partes e vice-versa (MOLON, 2008). Mediação Pedagógica no Ambiente Virtual de Aprendizagem: a perspectiva dos alunos No ano de 2007 foi realizada uma investigação empírica com 26 alunos participantes do curso GTR1, que foi desenvolvido no ambiente virtual de aprendizagem Moodle. Naquele ano, tendo em vista a distância geográfica do pesquisador com relação ao grupo pesquisado, o questionário foi elaborado e disponibilizado de forma online, por meio do software livre denominado PHP Surveyor. O questionário e as perguntas semi-estruturadas, seu recebimento e tabulação, foram realizados entre os meses de março, abril e maio do ano de 2007. As questões foram divididas em quatro categorias, que correspondiam a: Interação no AVA; Mediação do tutor; Ferramentas do Ambiente; Linguagem no AVA Neste artigo sintetizamos os resultados obtidos a partir da investigação acerca da categoria “Mediação do tutor”. Cabe ressaltar que a análise foi pautada a partir das respostas dos alunos, bem como da observação realizada durante o desenvolvimento do referido curso. Os resultados foram explicitados por meio de gráficos e citações dos sujeitos. Para verificar questões referentes à mediação pedagógica do tutor, focamos nossas perguntas nos momentos de interação ocorridos durante o curso. Durante o desenvolvimento do curso, não foram propostas atividades que propiciassem uma maior interação entre os participantes. A única atividade que proporcionava, efetivamente, uma troca entre eles, era a ferramenta fórum. Entretanto, as discussões resumiam-se apenas em respostas isoladas aos tutores e pouquíssima discussão sobre as respostas dos mesmos. De acordo com Palloff e Pratt (2004), a interação entre alunos depende também da significação prévia dessa atividade no começo do curso ou durante o desenvolvimento das atividades. As tarefas solicitadas no curso, muitas vezes, demandam apenas respostas isoladas do aluno, não ocorrendo propriamente interação. Ainda de acordo com as autoras, “Os alunos precisam entender sua responsabilidade na criação de uma comunidade de aprendizagem e a importância de sua interação.” (PALLOFF e PRATT, 2004, p.91). O sujeito participante do curso desenvolvido em AVA pode esperar do tutor ações semelhantes àquelas concretizadas pelos professores na educação presencial, tais como: interação simultânea e resposta imediata do professor. A dificuldade em compreender a dinâmica desses ambientes é consequência, também, da falta de interação do tutor, que precisa contextualizar o aluno em relação às novas formas de aprendizagem que se apresentam. É o tutor quem orienta o aluno nesses novos espaços virtuais, dando significado aos conteúdos. Mostrar aos alunos online qual é sua responsabilidade e quais são as expectativas que se têm deles pode ajudá-los a entender o que é a aprendizagem online antes de continuarem no curso, eliminando assim surpresas. Isso, repita-se, só pode aumentar a probabilidade de que os alunos permaneçam no curso até o fim, alocando tempo suficiente e estando prontos para serem responsáveis pela própria aprendizagem. (PALLOFF e PRATT, 2004). Para Belloni (2003 p. 82-83). A redefinição do papel do professor é crucial para o sucesso dos processos educacionais presenciais ou a distância. Sua atuação tenderá a passar do monólogo sábio da sala de aula para o diálogo dinâmico dos laboratórios, sala de meios, email, telefone e outros meios de interação mediatizada. Diretrizes mínimas de participação ajudam a conquistar e manter os alunos online. Contudo, apenas entrar no site regularmente, mas não contribuir com algo substancial para a discussão, é pouco para sustentar o desenvolvimento da comunidade de aprendizagem. Nas trocas realizadas nos fóruns, observamos a dificuldade de manter os alunos envolvidos em uma discussão por muito tempo. Por isso que, para Palloff e Pratt (2004, p.141), cursos com altos níveis de interação tendem a obter maior índice de satisfação e menor índice de abandono. Assim, incentivar um alto nível de interação é papel fundamental do professor. Na verdade, talvez seja a sua tarefa mais importante no ambiente de aprendizagem on-line. As ações realizadas nos AVAs são distintas das ações realizadas por professores da educação presencial. Além disso, o aluno e o professor também devem estar preparados para essa experiência. Esse preparo pressupõe, sobretudo, formação e estudo sobre a dinâmica da EaD. É necessário que o tutor esclareça como e quando o feedback (retorno das atividades aos alunos) será realizado durante o curso, ou seja, com que frequência o aluno poderá contar com suas orientações. Vejamos a resposta de um dos alunos do curso sobre a relevância da mediação do tutor durante o curso: Aluno (a) 1: “eu adorava quando a tutora se direcionava a mim, em particular, nas questões respondidas, nos meus pareceres. Esse procedimento remete ao aluno participante uma grande empatia na relação professor-aluno, além da segurança e propriedade no conteúdo ministrado pelo tutor”. A resposta demonstra a importância do acompanhamento do tutor em todas as ações desenvolvidas durante o curso. Palloff e Pratt (2004, p.91-92), reafirmam esta questão ao dizerem que: Embora o papel do professor on-line seja diferente, os alunos não podem sentir-se abandonados. Entender as diferenças que existem na interação das aulas on-line e das aulas presenciais e também assistir os alunos na correta avaliação de sua experiência de aprendizagem on-line pode ajudar a aliviar sentimentos de isolamento. Identificamos um grande apelo, nas respostas dos alunos, para que os tutores atendessem às suas expectativas e, para isso, era imprescindível a presença deles durante todo o curso. Havia uma cobrança dos alunos acerca da postura que o tutor deveria manter frente às atividades realizadas durante o curso. Seja pela quantidade de alunos no curso online, ou mesmo pela aparente “informalidade” desses cursos, os alunos de cursos virtuais tendem a não se dedicar à realização das atividades solicitadas ou mesmo participar das discussões iniciadas nas ferramentas interativas. E, quando os tutores não conseguem acompanhar o desenvolvimento do aluno de forma efetiva, um desconforto acaba acontecendo no curso, principalmente para aqueles que cumprem suas atividades de maneira correta e pontual. Essa visão dos alunos fica explícita na seguinte resposta: Aluno (a) 2: Uma mediação virtual de qualidade é quando o tutor demonstra conhecimento e segurança sobre o conteúdo, expõe de forma clara e objetiva os questionamentos, instigando o “aluno” a participar dos estudos e discussões, não se conformando com respostas “vazias”. A afetividade também é manifestada como fator importante na mediação virtual para alunos no AVA. Eles consideram essencial criar laços afetivos nesses espaços, a fim de melhorar a qualidade da mediação. Os alunos afirmam que a mediação de qualidade depende de o tutor estar “presente”, percebendo as “ausências”, possibilitando assim, que o aluno se sinta parte do grupo. Vejamos duas considerações de mais dois alunos (as) do curso: Aluno (a) 3: Na minha opinião, o bom tutor é aquele que realmente interage com a produção dos alunos, que comenta, que chama individualmente, que percebe as ausências, que estimula seus tutorandos a interagirem, exporem ideia. Aluno (a) 4: Sem o professor tutor não existiria a atividade, pois é ele quem fornece o encaminhamento para a correta execução das atividades e propõe os desafios a serem suplantados como forma de elevação dos níveis de conhecimento e domínio dos conteúdos propostos. As respostas demonstram o quão importante é a ação de interação do tutor. E como é significativa, para o aluno, a assistência individual na realização das atividades e, especialmente, nos momentos próprios de interação, como nos fóruns e chats. Por isso que, na educação desenvolvida em AVA, apesar da aprendizagem ser mais autônoma, o aluno necessitará de uma mediação direcionada a ele. As respostas indicam também a necessidade de o professor tutor responder às atividades, fazendo comentários às respostas dos alunos e, principalmente, tendo sensibilidade para perceber quando este está “distante” do curso, a fim de oferecer atenção especial para o mesmo. Palloff e Pratt (2004) lembram que uma das críticas que se faz à aprendizagem online refere-se à ausência de interação pessoal, algo que os alunos sempre buscarão. Se os professores são treinados não apenas para ministrar cursos usando a tecnologia, mas têm conhecimento de métodos pedagógicos que facilitam sua vida on-line, e se, além disso, o desenvolvimento da comunidade, se tornar uma prioridade, o resultado poderá ser um curso altamente interativo. (Palloff e Pratt2004, p.141). As respostas dos alunos sobre a relevância da mediação pedagógica do tutor no AVA englobam os seguintes fatores: o tutor deve possuir conhecimento sobre o conteúdo estudado; ter clareza em suas explicações, segurança e empatia no tratamento dos assuntos discutidos; e, principalmente, interagir de modo que o aluno não se sinta excluído em suas dúvidas e necessidades particulares. Ao mesmo tempo em que orienta, motiva e instiga o grupo para as trocas no AVA, deve se preocupar também com as atividades individuais, proporcionando um feedback específico para a sua atividade. Dessa forma, a mediação do tutor continua sendo fundamental, mesmo que o aluno esteja no centro do processo. Nesse cenário, o virtual não se torna um obstáculo para quem inicia um curso a distância totalmente online pela primeira vez. Considerações Finais A EaD ainda tem como principal característica a distância geográfica entre as pessoas.Porém, com os diversos recursos próprios para a interação, o grande desafio é “aproximar” essas pessoas para trocar experiências e se apropriar dos conteúdos escolares dentro do espaço virtual. Os AVAs proporcionam e viabilizam interações inovadoras e, acima de tudo, síncronas, ou seja, simultâneas entre os sujeitos participantes. Toda essa acessibilidade e inovação proporcionam um ambiente mais interativo no processo de ensino e de aprendizagem em comparação ao ensino por correspondência oferecia, por exemplo. O grande desafio é adaptar os alunos que vem de experiências presenciais a uma modalidade a distância de educação, já que esses tendem a comparar os dois processos. Nessa comparação, especialmente quando se trata da educação brasileira, a dificuldade é trabalhar de maneira autônoma. A metodologia utilizada no curso também é um fator determinante para o processo de interação no AVA. Com base nas respostas dos sujeitos participantes dessa investigação, notamos que uma metodologia fundamentada em perguntas e respostas nos fóruns e leituras e discussões de textos, não viabilizam uma interação efetiva e significativa para os alunos. Quando o tutor se volta para o aluno, em momentos específicos, em grupo ou individuais, os mesmos são motivados a interagirem entre si, o que os conduz a melhorar a participação na resolução das diferentes atividades dispostas no ambiente. Nos AVAs, o tutor representa o eixo motor de toda e qualquer atividade realizada. Sem a sua intervenção, motivação ou interação, a realização de qualquer tarefa se torna mais difícil. A mediação do tutor é uma ação que engloba desde a realização de comentários sobre as tarefas individuais, até o convite para o aluno participar da discussão, além de identificar casos de alunos propensos à evasão. Essas ações são essenciais para desenvolver o bom trabalho docente no processo de ensino e de aprendizagem no AVA. A mediação no AVA está alicerçada especialmente na ação do tutor, mas também nas ferramentas e recursos tecnológicos. Entretanto, é o tutor que deve apresentar uma postura de orientador, motivador, demonstrando empatia e conhecimento com os conteúdos estudados. A mediação pedagógica no AVA será distinta da mediação desenvolvida em experiências educacionais na modalidade presencial, e sua função nos cursos desenvolvidos a distância ainda é primordial. A relação com o meio, com os outros, com os signos, com a palavra e com a fala norteiam todo o processo de mediação pedagógica, sendo, acima de tudo, um modo de relação e não uma ação imediata. Fatores como motivação e permanência dos alunos em cursos desenvolvidos a distância no AVA dependem muito mais da relação de mediação e interação entre aluno-tutor e aluno-aluno, do que da ação individualizada dos sujeitos do espaço virtual. Por isso mesmo, as atividades e demais trabalhos realizados no AVA baseiam-se em discussões e diálogos estabelecidos com o grupo, seja na linguagem oral ou escrita. A aprendizagem no AVA pressupõe um elo intermediário entre os conteúdos, as ferramentas tecnológicas de interação e os sujeitos. Mesmo levando em consideração a autonomia do aluno, não podemos esquecer que ele não escolherá os conteúdos a serem trabalhados no curso, muito menos as estratégias de estudo. Educação a distância não é autodidatismo. Nesse sentido, a mediação pedagógica não demanda apenas encaminhar ou orientar os alunos dentro do espaço virtual. Nem significa um trabalho de “pergunta e resposta”, que comumente ocorrem nesses cursos. Mediar não é apenas dizer ao aluno que ele concluiu ou não uma determinada atividade. Mediar é instigar o aluno, acompanhá-lo em suas dúvidas e, sobretudo, identificar a sua ausência no decorrer do processo. A mediação pedagógica no AVA é extremamente relevante e significativa para o aluno. Ela não se desenvolve em uma ação individualista e isolada e, por isso, não pode ser construída apenas no uso de recursos tecnológicos. REFERÊNCIAS BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. 11. ed. São Paulo: Hucitec, 2004. 1738 COSTA, J. W. da; OLIVEIRA, M. A. M. (Orgs). Novas linguagens e novas tecnologias: educação e sociabilidade. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004. KENSKI, V. Tecnologias e Ensino Presencial e a Distância. Campinas, SP: Papirus, 2003. MOLON, S. I. (2000). Cultura – A dimensão psicológica e a mudança histórica e cultural. Trabalho apresentado na III Conferência de Pesquisa Sócio-cultural, Campinas, SP. Disponível em: www.fae.unicamp.br/br2000/trabs/2330.doc. Acesso em: 20 de abril de 2008. MORAES, R. A. Educação a Distância: aspectos histórico-filosóficos. In: Linguagens e interatividade em Educação a Distância ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. PALLOFF, R. M.; PRATT, K. O aluno virtual: um guia para trabalhar com estudantes on-line. Porto Alegre: Artmed, 2004. PEREIRA, A. T. C.; SCHMITT, V.; DIAS, M. R. A C. Ambientes Virtuais de Aprendizagem. In: PEREIRA, Alice T. Cybis. (orgs). AVA - Ambientes Virtuais de Aprendizagem em Diferentes Contextos. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda., 2007. SOUZA, R. A M. A mediação pedagógica da professora: o erro na sala de aula. Campinas, SP: 2006. Tese de doutorado – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação. TORI, R. Avaliando Distâncias na Educação. Disponível em: www.abed.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=183&sid=102&UserActiveTe mplate=4abed. Acesso em: 10 de setembro de 2008. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007. BELLONI, M. L. Educação a Distância. Campinas, SP: Associados, 2003. FONTE: http:// ssuu.com/menta/docs/disserta_suelen_completa_2009.11de maio de 2012 APRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE TICs IMPLANTADOS PELO GOVERNO FEDERAL E GDF. Disse Albert Einstein: " Não basta ensinar ao homem uma especialidade. Porque se tornará assim uma máquina utilizável, mas não uma personalidade. É necessário que adquira um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto. A não ser assim, ele se assemelhará, com seus conhecimentos profissionais, mais a um cão ensinado do que a uma criatura harmoniosamente desenvolvida. Deve aprender a compreender as motivações dos homens, suas quimeras e suas angústias para determinar com exatidão seu lugar exato em relação a seus próximos e à comunidade”. PROGRAMAS E PROJETOS DESENVOLVIDOS NAS ESCOLAS FNDE - Processo gerencial desenvolvido pela secretaria de educação, para alcançar uma situação desejada, de maneira efetiva, com a melhor concentração de esforços e recursos, Assegurar o alinhamento das políticas das secretarias de educação, de forma a garantir sustentabilidade na implementação das ações voltadas para o fortalecimento das escolas e a melhoria do desempenho do ensino público. Projeto Nacional de Informática na Educação PROINFO - O Proinfo é desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (SEED), por meio do Departamento de Infraestrutura Tecnológica (DITEC), em parceria com as Secretarias de Educação Estaduais e Municipais. E-PROINFO - e-Proinfo - é um ambiente virtual colaborativo de aprendizagem que permite a concepção, administração e desenvolvimento de diversos tipos de ações, como cursos a distância. O Ambiente Colaborativo de Aprendizagem (e-Proinfo) é um ambiente virtual colaborativo de aprendizagem que permite a concepção, administração e desenvolvimento de diversos tipos de ações, como cursos a distância complementam a cursos presenciais, projetos de pesquisa, projetos colaborativos e diversas outras formas de apoio a distância e ao processo ensino-aprendizagem. Em ação: Ministério da Educação – O PROINFO é desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (SEED), por meio do Departamento de Infraestrutura Tecnológica (DITEC), em parceria com as Secretarias de Educação Estaduais e Municipais. O programa funciona de forma descentralizada, sendo que em cada Unidade da Federação existe uma Coordenação Estadual do ProInfo, cuja atribuição principal é a de introduzir o uso das tecnologias de informação e comunicação nas escolas da rede pública, além de articular as atividades desenvolvidas sob sua jurisdição, em especial as ações dos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTEs) PROINFO Integrado O ProInfo Integrado é um programa de formação voltada para o uso didático-pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no cotidiano escolar, articulado à distribuição dos equipamentos tecnológicos nas escolas e à oferta de conteúdos e recursos multimídia e digitais oferecidos pelo Portal do Professor, pela TV Escola e DVD Escola, pelo Domínio Público e pelo Banco Internacional de Objetos Educacionais. Histórico O Participante permite que pessoas interessadas se inscrevam e participem dos cursos e diversas outras ações oferecidas por várias Entidades conveniadas. É através dele que os participantes têm acesso a conteúdos, informações e atividades organizadas por módulos e temas, além de poderem interagir com coordenadores, instrutores, orientadores, professores, monitores e com outros colegas participantes. No Ambiente Colaborativo do e-ProInfo há um conjunto de recursos disponíveis para apoio às atividades dos participantes, entre eles, Tira-dúvidas, Notícias, Avisos, Agenda, Diário e Biblioteca. Há ainda um conjunto de ferramentas disponíveis para apoio a interação entre os participantes, entre eles, e-mail, chat e fórum de discussões e banco de projetos; e outro conjunto de ferramentas para avaliação de desempenho, como questionários e estatísticas de atividades. Objetivos Pessoas credenciadas pelas Entidades conveniadas desenvolvam, ofereçam, administrem e ministrem cursos à distância e diversas outras ações de apoio à distância ao processo ensino-aprendizagem, configurando e utilizando todos os recursos e ferramentas disponíveis no ambiente. Cada Entidade pode estruturar diversos Cursos ou outras ações compostas por Módulos, e estes por Atividades. PROUCA - Com a edição do Decreto nº 7243, de 26 de julho de 2010, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva regulamentou o Programa Um Computador por Aluno (Prouca) e o Regime Especial de Aquisição de Computadores para Uso Educacional (Recompe). O Prouca é um programa pelo qual estados, municípios e o Distrito Federal podem adquirir computadores portáteis novos para uso das suas redes públicas de educação básica. A empresa habilitada para esta venda foi selecionada por meio de pregão eletrônico para registro de preços realizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Para incentivar a compra, o governo federal disponibiliza linha de crédito para financiamento por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O laptop possui configuração exclusiva e requisitos funcionais únicos, tela de cristal líquido de sete polegadas, bateria com autonomia mínima de três horas e peso de até 1,5 kg. É equipado para rede sem fio e conexão de Internet. As regras e diretrizes para que municípios, estados e Distrito Federal se habilitem ao Programa Um Computador por Aluno - Prouca nos exercícios de 2010 e 2011 constam da Resolução CD/FNDE nº 17, de 10/6/2010. Para adesão ao registro de preços acesse o Sistema de Gerenciamento de Adesão a Registro de Preços – SIGARP disponível nesta janela na aba “Adesão on-line” ou na página principal do site do FNDE. As tecnologias de informação e comunicação –TICs - As mudanças socioculturais e o acelerado desenvolvimento cibernético, robótico, tecnológico na nova sociedade pós-moderna virtual atual têm provocado modificações nas organizações, nos modos de pensamento, de aprendizagem e de relações. Como afirma Baranauskas (2007, p. 73): ‘O uso cada vez maior da internet e da tecnologia da comunicação mediada por computador tem mudado nossa maneira de nos relacionarmos uns com os outros e tem influenciado profundamente a maneira como interagimos, trabalhamos e aprendemos juntos’. As TICs têm provocado transformações profundas, nos modos de viver, pensar, agir, relacionar e conviver. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: KENSKI, V. M. (2010). Tecnologias e ensino presencial e a distância. 8. ed. Campinas, SP: Papirus. PROJETOS IMPLANTADOS DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL NO DF Trajetória do Uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no DF – Do Proninfe ao ProInfo Integrado Gilsa Gisele Melo de Santana[1] Kalina Lígia de Almeida Borba [ 2 ] RESUMO Este artigo trata do histórico das ações desenvolvidas para implantação e implementação do uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no Distrito Federal (DF), por meio do Programa Nacional de Tecnologia Educacional – ProInfo, do Ministério da Educação (MEC). Neste contexto, registramos as ações relativas ao uso das TIC na educação e apresentamos um panorama da caminhada e evolução destas no DF. Buscamos, assim, auxiliar na continuidade deste processo, melhor adequando essas tecnologias educacionais aos interesses e necessidades dos alunos e professores da rede pública de ensino, de acordo com o Currículo de Educação Básica das Escolas Públicas do Distrito Federal. PALAVRAS-CHAVE ProInfo. Rede Pública de Ensino. Capacitação. Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). Introdução Este texto constitui-se de um panorama histórico das políticas e ações a respeito da implantação e implementação do uso das tecnologias no Distrito Federal. Inclui as ações desenvolvidas nas escolas que possuem laboratórios de informática, participantes do atual programa ProInfo Integrado ou escolas que, em consonância com as políticas e legislação públicas para informatização, receberam, por meio de doação ou de outros programas, ambientes informatizados de uso pedagógico como ferramenta de apoio ao desenvolvimento do Currículo da Educação Básica. Para compreender este quadro, realizamos um breve histórico do uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no DF, apresentando a estrutura de funcionamento dos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE), os princípios norteadores do trabalho e uma visão geral das capacitações realizadas. Breve histórico sobre o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação no Distrito Federal O Projeto de Informática na Educação da rede oficial de ensino do DF, um dos pioneiros no Brasil, teve início em 1983, em nove escolas de ensino fundamental e médio e, desde então, vem-se expandindo gradativamente. Em 1987, o Departamento de Pedagogia da Fundação Educacional do Distrito Federal (DPG/FEDF) instituiu uma equipe para coordenar e desenvolver atividades de informática na educação e, mediante convênio firmado entre o MEC, por meio do Programa Nacional de Informática na Educação – PRONINFE, e a Secretaria de Educação/Fundação Educacional do Distrito Federal (SEDF/FEDF), foi implantado o Centro de Informática na Educação, que passou, a partir de junho de 1990, a integrar o Centro de Recursos Tecnológicos (CRT) sob a denominação de Seção de Informática na Educação (SEIED). A equipe da SEIED, composta por profissionais de diferentes componentes curriculares, concentrou suas ações na sensibilização e capacitação de professores, além de realizar estudos de utilização de programas educativos para computadores. Essa postura guiava-se de acordo com PRONINFE, instituído pela Portaria Ministerial n. 549/89, de 13 de outubro de 1989, que objetivava desenvolver a informática educativa no Brasil, por meio de atividades e projetos articulados e convergentes, apoiados em fundamentação pedagógica, sólida e atualizada, de modo a assegurar a unidade política, técnica e científica imprescindível ao êxito dos esforços e investimentos envolvidos (HISTÓRIA, 2009). Como a principal referência do Programa era a formação de uma cultura de informática educativa voltada para a escola pública, seus pilares básicos eram fomentar a infraestrutura de suporte nas escolas e realizar a capacitação contínua e permanente de professores. Cabe destacar que os objetivos e metas do PRONINFE foram formulados em sintonia com a Política Nacional de Ciência e Tecnologia da época. Em 1994, a FEDF já dispunha de 16 escolas com ambientes informatizados, atendendo a uma clientela diversificada. Foram beneficiados alunos de sétima e oitava séries do ensino fundamental, crianças com necessidades educacionais especiais e menores em situação de risco. No ensino médio, a prioridade foi o atendimento aos alunos dos cursos profissionalizantes: técnico em eletrônica, contabilidade, administração e serviços bancários, incluindo-se os alunos do curso de magistério. Em 1996, com a implementação do ProInfo, instituído pelo MEC e desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (SEED), houve um grande impulso no uso da informática como ferramenta pedagógica em todo o país e o Distrito Federal acompanhou essa nova estruturação. Simultaneamente ao avanço de ambientes informatizados nas escolas, a rede pública de ensino do DF aderiu ao programa TV Escola, garantindo, assim, o acesso dos profissionais de educação e dos alunos a essa diretriz do MEC, dentro das orientações do Currículo de Educação Básica das Escolas Públicas do Distrito Federal. Naquele momento, a rede pública de ensino dispunha de 125 ambientes informatizados espalhados pelo Distrito Federal, tendo como suporte técnico e pedagógico quatro Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE) [3], coordenados pela Gerência de Multimídia (GMULT), antigo CRT e atual Gerência de Tecnologias Educacionais (GTEC), por meio do Núcleo de Informática na Educação (NIED), chamado hoje de Coordenação de Informática na Educação (CIED). Vale ressaltar que a GTEC [4] gerencia ações de implantação e/ou implementação de ambientes informatizados nas escolas públicas do Distrito Federal, adquiridos também por meio de Associações de Pais e Mestres (APM), de participação em concursos ou recebidos como doação de empresas públicas e/ou privadas ou Organizações Não- Governamentais (ONGs). Ao CIED, por sua vez, cabe coordenar, orientar e acompanhar as atividades desenvolvidas nos NTE e, também, auxiliar as escolas na elaboração de projetos pedagógicos para uso das TIC no tocante à definição dos objetivos, fundamentação teórica, metodologia, definição de metas e escolha dos equipamentos, assegurando-se, assim, um mínimo de condições técnicas e pedagógicas para implementação dos projetos. A Coordenação Estadual do ProInfo no DF é representada pela figura do Coordenador do CIED, profissional em processo de formação continuada, pois participa da maioria dos eventos locais e nacionais referentes à utilização das TIC no contexto educacional e, ainda, de cursos de formação nas áreas de tecnologias educacionais. Já os professores que ingressam nos NTE são capacitados pelos multiplicadores existentes e participam de eventos na área de informática educativa a fim de melhor desempenhar suas funções. Aos poucos, surgiram outros programas na área de Informática. Em 2004, iniciou-se o Programa de Informática na Educação Especial - PROINESP, do MEC, visando a oportunizar a inclusão digital e social das pessoas com necessidades educacionais especiais. Dando continuidade às ações para sanar as desigualdades e a exclusão digital, veio o Programa Nacional de Inclusão de Jovens - PROJOVEM, também do MEC. Em 2007, os avanços em torno da implementação de informática na educação deram um salto com o projeto Um Computador por Aluno - UCA. O DF faz parte como um dos colaboradores e incentivadores deste, processo e iniciou um projeto piloto no Centro de Ensino Fundamental 01 do Planalto. Ainda em 2007, O ProInfo, pelo Decreto n° 6.300, de 12 de dezembro de 2007, passou a ser denominado de Programa Nacional de Tecnologia Educacional – ProInfo, incorporando o uso de todas as mídias tecnológicas de informação e comunicação nas redes públicas de educação básica. Assim, não só a informática, mas todas as demais mídias tornaram-se integrantes do Programa, permitindo que o uso dos recursos ultrapassasse os limites dos laboratórios de informática e alcançassem toda a escola. Em 2008, contávamos com aproximadamente 250 ambientes informatizados nas instituições educacionais do DF, abrangendo a educação básica em todas as suas etapas e modalidades e tendo como suporte técnico e pedagógico os cinco [5] NTE coordenados pela GTEC. Atualmente, a rede pública de ensino conta com cerca de quatrocentos laboratórios de informática e o número de NTE está em fase de ampliação, como veremos adiante. Atual Estrutura de Funcionamento A implantação e implementação das tecnologias para o uso pedagógico nas escolas da rede pública é organizada de forma articulada na SEDF: • Subsecretarias: Subsecretaria de Gestão Pedagógica e Inclusão Educacional (SUBGPIE), Subsecretaria de Gestão dos Profissionais de Educação (SUGEPE), Subsecretaria de Desenvolvimento Educacional (SDE), Unidade de Administração Geral (UAG): Gerências da SUGPIE; EAPE - Escola de Aperfeiçoamento de Profissionais da Educação; GTEC – Gerência de Tecnologias Educacionais (antiga GMULT); CIED - Coordenação de Informática na Educação; NTE; Escolas. Neste contexto, é fundamental o apoio das subsecretarias e das diretorias regionais de ensino para o bom andamento das ações desenvolvidas na GTEC/CIED e nos NTE, no que tange aos recursos humanos e materiais necessários à estrutura desses setores, responsáveis pelo atendimento técnico e pedagógico das escolas. As Tecnologias da Informação e Comunicação e o Ensino de Qualidade no Distrito Federal Nos meios educacionais, já é consenso que todo esforço e investimento em TIC para fornecer os resultados almejados precisa estarem devidamente enquadrados em uma política educacional consistente. O Distrito Federal vem trabalhando nessa perspectiva desde a década de 80, mas é preciso avançar na concepção e na Imagem1 – organograma da SEDF. Disponível em http://www.se.df.gov.br/ proposição de estratégias para que as tecnologias sejam adequadamente utilizadas em sala de aula. O professor deve integrar as TIC à prática pedagógica numa abordagem construcionista. Isso implica que ele esteja preparado para dominar os recursos tecnológicos, conhecer os fundamentos educacionais subjacentes aos diferentes usos dessas tecnologias, reconhecer os fatores afetivos, sociais e cognitivos implícitos nos processos de aprendizagem e identificar o nível de desenvolvimento do aluno para interferir, apropriadamente, no processo de aprendizagem. A integração das atividades curriculares aos recursos tecnológicos possibilita um salto de qualidade no processo educativo. Para tanto, é preciso que o sistema público ofereça formação adequada aos professores a fim de que se sintam confortáveis para utilizar esses recursos. Isso significa conhecê-los, dominar os principais procedimentos técnicos de utilização, avaliá-los criticamente e criar novas possibilidades pedagógicas. Segundo Kenski (2006, p.78 ), “o processo de integração e domínio dos meios tecnológicos é gradual e se dá a longo prazo”. Daí a necessidade da apropriação desses meios pelo corpo docente e gestor da escola, assim eles serão capazes de articular o processo de desenvolvimento de competências e habilidades para o uso pedagógico das TIC. Importância do Uso das Tecnologias na Educação A LDB, Lei 9394/96, enfatiza a importância da articulação do currículo em torno de eixos orientadores da seleção de conteúdos significativos, que deverão proporcionar ao aluno condições de desenvolver competências e habilidades necessárias à plena formação. O educando deverá, então, ser capaz de utilizar os conhecimentos adquiridos, articulá-los e integrá-los para resolver eficazmente os problemas que surjam em diferentes situações ao longo da vida. As tecnologias são recursos pedagógicos que contribuem para o rompimento do modelo tradicional de ensino, pois pressupõe o professor assumir o papel de mediador. Precisamos ressaltar, entretanto, a importância do papel desempenhado por esse mediador no processo de ensino e aprendizagem e lembrar que não há como substituí-lo nessa função. Cabe a ele, nesse novo e estimulante papel, estabelecer, juntamente com os alunos, os procedimentos necessários ao aprendizado significativo. Diversas são as formas de utilização das TIC como ferramenta de apoio ao desenvolvimento do currículo. O professor pode dispor dos livros, jogos pedagógicos, TV, vídeo, DVD, rádio, computador, internet, videogame, entre outros, na elaboração de projetos que estimulem o processo autoral na construção do conhecimento. Princípios Norteadores Para garantir projetos de qualidade, as ações desenvolvidas com o uso das TIC devem assegurar a integração das mídias e ter uma base teórica sólida. Logo, faz-se necessário que o professor regente assuma a característica de aprendiz e embrenhe-se em estudo e pesquisa. Nessa formação continuada, torna-se imprescindível o apoio da direção da escola no sentido de prever esses momentos e de incentivar a participação dos docentes nos cursos oferecidos pela SEDF e MEC, promovidos e coordenados pelos NTE em parceria com a Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais de Educação (EAPE). Outras ações deverão também ser adotadas pela comunidade escolar, tais como: criar mecanismos de atendimento ao grupo discente na sua totalidade; promover a aprendizagem colaborativa por meio da utilização das tecnologias na escola e assegurar a utilização pedagógica dos recursos, aliando-os aos componentes curriculares. As TIC podem ser usadas na educação básica como um instrumento extremamente poderoso na assimilação de conceitos e no desenvolvimento das estruturas cognitivas necessárias às aprendizagens significativas e à construção das competências previstas no currículo. As tecnologias deverão desempenhar na escola o mesmo papel que têm na sociedade: o de mediadora das relações sociais. Será muito pobre um uso que se restrinja a repassar conteúdos e informações aos alunos. Se as tecnologias podem ser usadas para catalisar e auxiliar na transformação da escola, mesmo diante dos desafios que essa transformação nos apresenta, essa solução, em longo prazo, é mais promissora e mais inteligente do que usá-las para apenas modernizar o processo de ensino. Capacitações e Projetos Entre as principais atribuições e objetivos dos NTE para apoiar o uso das TIC na escola está à capacitação de professores. Cabe salientar que o processo de orientação aos professores da rede pública do DF para o uso das mídias foi iniciado antes mesmo da implantação dos NTE. Com o PROINFO/MEC, essa ação pôde ser mais bem estruturada e, graças às atribuições dos NTE, alcançou avanço significativo no processo de inclusão digital, que atinge toda a comunidade escolar. Aos gestores das escolas públicas do DF, os NTE oferecem cursos a fim de sensibilizá-los quanto ao uso das tecnologias na escola, numa perspectiva de educação que privilegie espaços para a construção do conhecimento. No âmbito das escolas, o público-alvo da capacitação foi, durante grande período, os coordenadores de laboratórios de informática, professores responsáveis pelos ambientes informatizados nas escolas e pela utilização da informática na educação. Os coordenadores de laboratórios de informática eram os agentes multiplicadores nas suas escolas de atuação. Acompanhados pelos NTE, ofereciam cursos ministrados nos laboratórios aos professores regentes dessas mesmas escolas e de outras da rede. Os cursos nas modalidades presenciais e a distância (ambientes de aprendizagem virtual, como: e-proinfo, lnternet e ambientes free e Yahoo grupos; MSN grupos) eram aprovados, acompanhados e certificados pela EAPE. Em 2007, entretanto, perdemos a figura do coordenador de laboratório, passando o NTE a ser o responsável pela capacitação de todos os professores da rede pública no tocante ao uso pedagógico das mídias. Em 2008, acompanhando o eixo de capacitação do ProInfo Integrado, foi realizado o Curso de Introdução à Educação Digital, capacitando cerca de setecentos professores para o uso do Linux Educacional. Em 2009, os NTE ofereceram, em ambiente virtual e-Proinfo/ MEC, o curso Ensinando e Aprendendo com as TIC, oferecendo quatrocentas vagas aproximadamente. Em termos de especialização, o NTE participou da oferta do Curso de Tecnologias na Educação, em parceria com o MEC e a Pontifícia Católica do Rio de Janeiro (PUC/Rio), capacitando uma turma de quarenta professores. Em 2009, o curso teve nova oferta para 220 professores. A SEDF participa ativamente das ações propostas pela SEED/MEC, a exemplo do projeto piloto do curso Aluno Integrado, cujo objetivo é oportunizar qualificação, no âmbito das TIC, a alunos e professores de escolas públicas. Panorama da Integração das Tecnologias com Outros Programas Professor Nota 10 Lançado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) e SEDF em 2000, visa ao aperfeiçoamento continuado de cinco mil professores da rede pública de ensino que tenham apenas formação em nível médio e atuem nas séries iniciais. Às 1920 horas indiretas foram trabalhadas com recursos de tecnologia multimídia, textos mediáticos impressos, vídeo e interação pela internet. Robótica Pedagógica O uso da robótica pedagógica no Laboratório de Informática Educativa é um momento que permite a simulação em mundos virtuais e reais proporcionando aos alunos e professores, mediante uso do computador, imitar a realidade e aprender num ambiente de manipulações de variáveis de espaço e tempo, permitindo a construção de conceitos científicos. Algumas escolas do Distrito Federal desenvolveram projetos de robótica com o objetivo de orientar pesquisas realizadas por alunos da rede pública de ensino do DF em assuntos concernentes ao uso, controle e montagem de protótipos de robótica, a exemplo do Centro Educacional 01 de Sobradinho, no Laboratório de Informática Educativa dessa escola. Semelhante ação foi desenvolvida com alunos do curso de Aluno Técnico no NTE Brasília. TV Escola: No Distrito Federal, a SEDF abraçou e desenvolveu este projeto na rede pública de ensino, por meio de uma coordenação central, hoje sob a responsabilidade da GTEC. Ligado no Futuro – Unidades Móveis de Informática Educativa: Projeto implementado em outubro de 2000 pela Gerência de Educação Profissional, atual DRS/EPT, pertencente à Secretaria de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal (SECT/DF), com o objetivo de oferecer qualificação profissional, na área de informática, aos alunos do ensino fundamental e alunos da educação de jovens e adultos das escolas de zona rural. Três ônibus equipados com doze computadores, duas impressoras, sistema de som, TV, vídeo, três motoristas, três professores (coordenadores das unidades móveis de informática) e profissionais para a realização de serviço de suporte técnico ministravam cursos de Introdução à Informática, quarenta horas, em três turnos. Até 2004, foram atendidos 9.543 alunos distribuídos pelo DF. Programa Convivência: Programa educativo, televisivo, realizado em 2004 pela antiga GMULT, atual GTEC, por meio do NTE, atual CTE (Canal E), em parceria com a Diretoria de Educação Média e Tecnológica (DEMTEC), atual Gerência de Ensino Médio (GEM). Apresentou experiências bem sucedidas nas escolas. Realização de Eventos Locais: Desde 1999, o CIED promoveu, por meio dos NTE, encontros entre os coordenadores de Laboratório de Informática Educativa. Anualmente, o evento Encontro Multimídia na Educação do DF é o espaço para a apresentação de projetos, pesquisas e experiências de diversas escolas, contribuindo para encontrar caminhos que possibilitem formar professores para utilizar os recursos das TIC numa abordagem reflexiva. Parcerias: O CIED/NTE vem realizando parcerias que são fundamentais para o desenvolvimento de vários projetos, a exemplo do Intel Educação para o Futuro, em parceria com a Intel Educação, na oferta de cursos de capacitação para o uso da informática na educação por professores da rede pública, e o projeto Parceiros na Aprendizagem, desenvolvido com a Microsoft Educação para capacitar professores e alunos da rede pública também para o uso da informática na educação. Considerações Finais Após o panorama das ações desenvolvidas em prol do uso das TIC na educação, desejamos registrar a conquista do Distrito Federal na ampliação do número de escolas com ambientes informatizados. Em 2009, a rede pública de ensino do DF contava com aproximadamente trezentos Laboratórios de Informática Educativa implantados nas instituições de ensino. Por meio da Portaria nº 218, de 18 de junho de 2009, a SEDF regulamentou as atividades dos NTE no âmbito da rede pública de ensino do Distrito Federal, definindo-os como estruturas descentralizadas de apoio permanente ao processo de introdução das TIC nas instituições educacionais da rede pública do DF. Essa ação possibilita o aumento do número de NTE, passando de cinco NTE para quatorze ao todo, sendo um NTE para cada Diretoria Regional de Ensino (DRE). Dessa forma, os NTE poderão melhorar o atendimento às escolas da rede pública. Nesse sentido, para garantir a utilização plena do potencial pedagógico das TIC, é necessário que todos os setores envolvidos (Governo Federal, secretarias estaduais e municipais de educação, NTE, gestores e professores) compreendam, de forma precisa, a responsabilidade que lhes cabe, as atribuições específicas de seus setores no que se refere ao uso pedagógico das mídias nas escolas. REFERÊNCIA: CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO DISTRITO FEDERAL – 2000. HISTÓRIA da Informática Educativa no Brasil. Disponível em: Acesso em: 04 dez. 2009. INTEGRAÇÃO DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação: Seed, 2005. .KENSKI, V. M. Tecnologias e Ensino Presencial e a Distância Coleção Prática Pedagógica. Campinas: Editora Papirus, 2006. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL (LEI 9.394/96). LEVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34,1999. LIMA, L de O. Piaget para principiantes. São Paulo: Summus, 1980. PAPERT, S. Logo computadores e educação. São Paulo: Brasiliense, 1985. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS - PCN - Ensino Médio, Vol. 2 – MEC PARENTE, A. O virtual e o hipertextual. Rio de janeiro: Editora Pazulin,1999. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL. Disponível em: http://www.se.df.gov.br Acesso em: 04 dez. 2009. Notas [1] Coordenadora Estadual do ProInfo no DF; Professora da SEDF; Especialista em Telemática na Educação (UFRPE); Graduada em Pedagogia (UnB). [2] Multiplicadora Educacional da Coordenação de Informática na Educação GTEC/SEDF; Especialista em Arte, Educação e Tecnologias Contemporâneas (UnB); Especialista em Tecnologias em Educação (PUC/Rio); Graduada em Letras (UnB) e Comunicação Social (UniCEUB). [3] Os quatro NTE localizados em Brasília, Samambaia, Sobradinho e Taguatinga atendem a todas as escolas da rede pública de ensino do DF que possuem ambientes informatizados, por área de abrangência a saber: NTE Brasília - escolas das DRE Plano Piloto/Cruzeiro, Guará e Núcleo Bandeirante; NTE Taguatinga - escolas das DRE Taguatinga, Brazlândia e Ceilândia; NTE Samambaia - escolas das DRE Samambaia, Recanto das Emas, Gama e Santa Maria; NTE Sobradinho - escolas das DRE Sobradinho, Planaltina, São Sebastião e Paranoá. [4] Gerência de Tecnologias Educacionais é composta de 05 Coordenações responsáveis pelo suporte ao uso de tecnologias na rede pública de ensino: CBL - Coordenação de Acervo Bibliográfico e Livro Didático, CIED - Coordenação de Informática na Educação, COP - Coordenação das Oficinas pedagógicas, Coordenação de Televisão Educativa (Canal E) e Videoteca Central da SEDF (responsável pela Coordenação Estadual do programa TV Escola). [5] Incluíram-se mais um NTE, NTE Planaltina, responsável pelo atendimento às escolas da Diretoria Regional de Ensino de Planaltina.